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Sábado, 20 de Abril de 2024
Andrelândia
04/02/2019 10h08

Andrelandense lança livro sobre a Fábrica Ferreira Guimarães de Juiz de Fora

Professora e pesquisadora Cláudia Gaspar resgata a história da extinta e importante fábrica de tecidos

Fotos: Arquivo Pessoal

Mário Jorge e Vera Regina de Carvalho com a autora

A professora e pesquisadora Cláudia Gaspar acaba de lançar o livro “História e Memória da Ferreira Guimarães em Juiz de Fora”.
Cláudia nasceu em Andrelândia, mas passou a maior parte de sua vida em Juiz de Fora. Foi lá que começou a trabalhar na conhecida Companhia Têxtil Ferreira Guimarães, onde ficou de 1987 a 2007. Por isso, também, o interesse da autora em contar um pouco da história da fábrica, que encerrou suas atividades em 2014, e suas contribuições para Juiz de Fora.

“O livro é o resultado da minha dissertação de mestrado em História, quando me dediquei a pesquisar sobre a história da fábrica e suas interfaces com a história de Juiz de Fora. É um projeto que representou muito para mim, pois a Ferreira Guimarães também fez parte da minha história”, conta Cláudia.

A obra foi lançada no final do ano passado, por meio da Lei Murilo Mendes, e reúne pesquisas em jornais antigos, como “Diário Mercantil”, “O Pharol” e Tribuna, além de visitas ao escritório da empresa, em São Paulo, ao acervo da Ferreira Guimarães que foi doado para o Instituto de Artes e Design (IAD/UFJF) e entrevistas com antigos funcionários.

A Cia. Têxtil Ferreira Guimarães foi fundada em 1906, por Benjamin Ferreira Guimarães, na cidade fluminense de Valença, e se tornou uma das maiores empresas do setor no Brasil.

Em novembro de 2007, a empresa encerrou praticamente todas as suas atividades na Acabadora de Tecidos, demitindo quase todos os funcionários e iniciando um processo de Recuperação Judicial no mesmo ano. Em 2009, porém, foi decretada a falência e, a última unidade da cidade encerrou em definitivo as atividades em 2014.

Eliana Gaspar, Cláudia e Carlos Henrique Queiroz

O livro também descreve as lembranças que os ex-funcionários têm da Companhia; a importância da empresa na construção dessas identidades pessoais; quais desenhos foram criados e quais pontos representam, através de suas significações, as linhas de construção dessas identidades.

O livro é divido em três capítulos. No primeiro, é relatada a trajetória da Companhia relembrando as fábricas têxteis que a antecederam no local de sua instalação, caso da Fábrica dos Ingleses, que depois adotou o nome de Companhia de Tecidos Industrial Mineira, chegando às crises que forçaram demissões, o fechamento da unidade fabril e, por fim, o fechamento da unidade acabadora de tecidos.

No segundo capítulo, é mostrado o trabalho de estamparia da Ferreira Guimarães e sua evolução em termos de criação e moda. E, no terceiro, o leitor encontrará depoimentos de antigos funcionários que confirmam as memórias que ficaram sobre a empresa.

Segundo a autora, o livro busca demarcar a importância da Companhia, tanto nos funcionários, como na sociedade.

“Registro o que a empresa deixou em termos de lembrança e memória que podem ser reconhecidos, também, como patrimônio cultural. Além de ser responsável pelo entrelaçamento das palavras que compõem o texto do livro, também fiz questão de realizar as ilustrações e dirigir toda a composição visual do mesmo, criando os desenhos que alinhavam as páginas desta história, escrita com as lembranças de tantas pessoas”, conclui Cláudia.

Fonte: Tribuna de Minas

As irmãs Eliana e Cláudia

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