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Andrelândia - Notícias
30/05/2013 15h47

Personagens que fazem parte da Nossa História - Célia Nunes Andrade

Célia Nunes Andrade fez parte da história de Andrelândia

por Maria Salete Andrade de Sá e Marcelo Andrade Sá

Célia Nunes Andrade, nasceu no município de Resende, estado do Rio de Janeiro, na propriedade rural de seu pai, no lugar denominado Vila da Fumaça aos 22 dias do mês de novembro de 1930, onde passou sua infância ao lado de dez irmãos. Aprendeu a bordar, costurar e cozinhar, arte que dominava, desde cedo com amor e competência. Aos 17 anos veio passear em Andrelândia, onde morava uma de suas irmãs, apaixonou-se pela cidade e aqui encontrou seu grande amor: Geraldo Braga de Andrade. Foi breve o namoro e o noivado e em 19 de fevereiro de 1949 casaram-se e tiveram dois filhos: Maria Salete e Luiz Tadeu.

Aqui dedicou-se à costura, bordado e quitandas que serviram para complementar o orçamento familiar. Com dificuldades criaram seus filhos e conseguiram construir sua casa.

Amava os Andrelandenses e esta cidade como se aqui tivesse nascido. Embora tenha perdido o marido com 44 anos jamais pensou em voltar para junto de seus parentes consangüíneos, pois aqui havia construído e aprofundado suas raízes com suas amigas que com ela compareciam todos os dias à igreja; indo ao asilo, fazendo batinas para os franciscanos e encontrando enorme prazer em fazer bolos de casamento e buffets para festas, sem distinção do poder aquisitivo que seus fregueses possuíam.

Seu contentamento era o TRABALHO, e seu prazer era a satisfação dos que utilizavam seu serviço, sem preocupar com a remuneração proveniente do trabalho. Não cansava nunca.

Sua maior alegria era receber em casa a banda de música dia 22 de novembro, pois por uma feliz coincidência era dia de Santa Cecília e também data de seu aniversário.

Sempre foi uma pessoa forte, seja pelo seu empenho em cuidar da família, pela garra em que se dedicava ao trabalho, pelo carinho que tinha pelos netos ou pela resistência que demonstrou todos os anos de sua vida, principalmente nos últimos dias meses que antecederam a sua morte, sempre foi forte e nunca parou, mesmo se pedíssemos que descansasse.

Sua história mostrou que sua bravura sempre vai nos ensinar a ter força, mas ter força sem deixar de olhar para os que necessitam, de ajudar aqueles que lhe pedem ajuda ou simplesmente um prato de comida.

A eterna “Dona Célia” faleceu no dia 10 de agosto de 2005 e deixou para nós o segredo da vida em forma de uma receita de bolo que é saber temperar com cuidado, paixão e sabedoria, lavar bem a naturalidade com a simplicidade para que não contenha nenhuma impureza, levar tudo isso para uma panela bem grande do tamanho do coração de uma avó, jogar um pouco de Singeleza e Suavidade, mexer um pouco, transformando o pouco em muito, levar ao forno em fogo brando na temperatura que sua essência mandar, retirar do forno e servir a vontade, pois à míngua em receita de Dona Célia ninguém vai ficar, assim, enquanto as pessoas forem se alimentando elas entenderão que a receita vai lhes ensinar a valorizar cada momento de sua vida, não reclamando porque está cheio de trabalho para fazer e sim agradecer porque tem um trabalho, vão aprender, assim, a ter fé e saber agir sempre com a voz da sabedoria e do coração.

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