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Seu nome conhecido pelo povo baependiano era NICO. Com certeza, um carinhoso codinome dado pela família e aceito por coleguinhas de Escola e adotado, mais tarde, pelos amigos. Marcelino Alves Ferreira Filho era o nome de quem se tornou uma das maiores personalidades políticas de Baependi, se não a maior dentre todas.
Natural de Baependi, nascido aos 09 de fevereiro de 1945, em sua terra viveu toda a sua infância e a adolescência, tendo concluído o Ensino Médio no antigo Ginásio “N. Srª de Montserrat”, hoje E.E. “N.Srª de Montserrat”. Teve a infância e a adolescência muito felizes, cujas passagens e momentos sempre contava aos filhos, narrando saudoso tudo o que a memória lhe trazia à tona.
Filho do também muitíssimo saudoso o ex-Prefeito Marcelino Alves Ferreira e da Srª Luiza de Lourdes Maciel Ferreira, herdou do pai a veia política. Formou-se Advogado pela Faculdade de Direito de Varginha-MG, (hoje FADIVA), tendo exercido o cargo de Delegado de Polícia em Caxambu – MG, durante 15 anos; e, posteriormente, em Três Corações-MG, onde instalou a Delegacia Regional de Polícia. Como Delegado, conheceu o lado da miséria e do sofrimento humano e soube exercer com punho forte a missão a que se propôs.
Mas os planos divinos são insondáveis e, sem o saber, estava sendo preparado para algo maior e mais além. Convidado a candidatar-se ao cargo de Prefeito, em Baependi, aceitou. A partir do momento em que tomou posse como Prefeito, iniciou um trabalho espetacular para o povo que o elegeu. Nossa gente maravilhou-se com as mudanças que começaram a ser realizadas. Era o início de um Novo Tempo, uma Nova Época Histórica que a cidade começava viver. Um toque mágico do notável Administrador Público fez de Baependi uma das cidades mais prósperas e bonitas da região.
Nico herdou do pai a responsabilidade e o amor à terra natal. E assim como ele, também trabalhou com afã, carinho e muito amor por Baependi. E o que temos, hoje, em Saúde, Educação e Assistência Social, é fruto de sementes lançadas e cultivadas por ele durante seus dois mandatos consecutivos. Nico, na realidade criou as bases para tudo o que foi realizado posteriormente.
Seus valores de família e de fé sempre foram inabaláveis, bem como sua esperança na vida e a convicção de poder realizar um trabalho honesto e fecundo por sua amada Baependi. Tudo nela respirava progresso e qualidade de vida. Pela excelência de sua gestão, recebeu a medalha dos inconfidentes, em Ouro Preto-MG, e outros tantos inumeráveis títulos.
Foi bom filho, bom marido, bom pai, bom irmão, bom amigo de seus amigos e um bom Chefe do Executivo. Fragilidades, com certeza, ele as teve. Afinal, era humano. Mas seus méritos como filho de Baependi, cidadão baependiano e Prefeito de Baependi, sem sombra de dúvidas, cobrem suas fraquezas humanas.
Prestamos-lhe esta singela homenagem póstuma, pequena diante de seus merecimentos. Serão para sempre inesquecíveis a sua presença física, a sua voz, os seus gestos, sua simpatia e tudo o que deixou plantado no seio de Baependi, nossa terra tão querida.
- Nico, onde você estiver, agora já totalmente livre e isento das pequenezas humanas, receba as nossas singelas e imensas homenagens, nascidas do fundo dos corações de todos aqueles que o conheceram, admiraram e amaram como ser humano e como legitimo representante de nosso povo, nossa gente.
É, para Baependi, elevada honra viverem aqui seus filhos, sua família. É infinitamente bom saber que seu sangue e sua descendência continuarão em nossa terra; e que um pouco do muito de você, de sua personalidade, de seu inegável carisma são sublime herança genética para o futuro. Você deixou-nos ainda muito cedo, aos 64 anos, lutando bravamente contra a doença que não o levou, mas sim o coração, que cumpriu a vontade de Deus. Esse mesmo coração que continuará pulsando em nossos sonhos por uma Baependi muito melhor, como você jamais deixou de sonhar.
Esteja em paz, em luz e na glória de Deus. Obrigado por sua estada entre nós, suas palavras inesquecíveis e seu apoio fraterno, idealista e nobre. Sua memória está imortalizada na história de nossa Baependi.
Por Iná Brasílio de Siqueira (Professora e Poetisa)
