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Baependi - Notícias
10/04/2014 17h17

Personagens que fazem parte da Nossa História - Antônio José de Souza Levenhagen

Grande homem e generoso, Antônio José construiu sua história na cidade de Baependi.

Natural de Baependi, Estado de Minas Gerais, onde nasceu a 8 de junho de 1915, filho de Raul Levenhagen e Aurélia de Souza Levenhagen, Antônio José de Souza Levenhagen fez seu curso primário no Grupo Escolar de Baependi. Em Campanha fez o curso ginasial, e no Ginásio Municipal São João, também naquela cidade, bacharelou-se em Ciências e Letras, no ano de 1932.

Em 1934 prestou concurso na antiga Rede Sul Mineira, tendo sido admitido como conferente, e em 1938 foi designado chefe do Escritório da Residência de Itajubá (8ª Residência de Rede), onde trabalhou até o começo de 1941.

Em princípios de 1941 prestou concurso para o cargo de Escrivão do Crime da Comarca de Baependi, permanecendo nesse posto até 1959. Em tal período desenvolveu várias atividades de cunho social, que serão relatadas a seguir.

Foi provedor do Hospital Cônego Monte Raso, tendo sido, à frente da administração, o responsável maior pelo soerguimento da entidade, inclusive construindo seu atual prédio, amplo, imponente e dotado dos mais requintados recursos hospitalares da época.

Fundou o Ginásio Nossa Senhora de Montserrat, instando-o provisoriamente num velho e tradicional solar e depois se lançando a nova aventura: construir o prédio próprio do Ginásio, o que conseguiu num tempo recorde, de apenas seis meses, aproximadamente. Demoliu o antigo prédio da Santa Casa de Baependi e aí construiu o edifício do Ginásio, sem que para isso contasse com qualquer recurso público, valendo-se tão somente das contribuições de seus concidadãos. Instalado em prédio próprio, o Ginásio se expandiu nas suas atividades, tendo sido nele criado, além do 1º Grau, a Escola Técnica de Comércio. Ao Ginásio foi dado o nome de Nossa Senhora de Montserrat por ser ela a padroeira de Baependi. Dr. Levenhagen foi diretor e professor da instituição de ensino por mais de oito anos.

Ainda nesse período de 1941 a 1959 fundou e dirigiu o jornal semanal “O Baependiense”.

Em 1957, recebeu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o seu diploma de Bacharel em Direito pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas (hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Em 1960, depois de aprovado em concurso público promovido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Ervália. Exerceu a Judicatura nessa cidade e depois em Passa Quatro, Itanhandu e Diamantina, tendo se aposentado em setembro de 1971.

Foi agraciado em 1965 com o Diploma de Cidadania pela Câmara Municipal de Passa Quatro/MG.

Em 1970 foi admitido Professor Catedrático de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito de Varginha.

Valendo-se de sua prática como Magistrado e de seus estudos especializados em Direito Processual Civil e Direito Civil, editou, em 1973, o seu primeiro trabalho, intitulado “Curso de Direito Processual Civil”, sobre o revogado Código de 1939.

De 1973 a 1982 escreveu inúmeros outros trabalhos jurídicos, todos pela Editora Atlas S/A, de São Paulo, parte dos quais se encontra inclusive na Biblioteca de Washington, U.S.A., tendo sido comercializados desde então cerca de 3 milhões de exemplares dos seguintes títulos: “Novo Código de Processo Civil”, “Código Civil à Luz da Nova Lei Processual”, “Leis do Inquilinato Comentadas”, “Posse, Possessória e Usucapião”, “Manual de Direito Processual Civil”, “Medidas Cautelares e Ações Especiais”, “Sucessão Legítima, Inventário e Partilha”, “Do Casamento ao Divórcio”, “Nova Lei do Inquilinato”, “Comentários Didáticos ao Código Civil”, “Vade Mecum” e “Nova Lei de Execução Fiscal”.

Em 1973 recebeu o troféu DESTAQUE DAS LETRAS, conferido pela Academia Varginhense de Letras.

Foi patrono e paraninfo de várias turmas de bacharéis em Direito, tendo sido eleito em 1978 o PROFESSOR DO ANO de Varginha, quando a Câmara Municipal lhe outorgou o título de CIDADÃO VARGINHENSE. Permaneceu na Faculdade de Direito daquela cidade lecionando até 10 de março de 1984, quando veio a falecer.

Após seu falecimento recebeu várias homenagens nas Comarcas onde exerceu a Judicatura, além de ter seu nome associado a ruas nas cidades de Baependi e Itanhandu, município no qual, inclusive, a biblioteca da Ordem dos Advogados do Brasil chama-se “Biblioteca Dr. Levenhagen”. O Fórum da Comarca de Itamonte/MG, igualmente, tem estampado na sua fachada o nome “Professor Antônio José de Souza Levenhagen”, o mesmo ocorrendo com o Salão do Júri da Comarca de Passa Quatro/MG.

Dr. Levenhagen também foi agraciado “post mortem” com o Mérito da Ordem do Judiciário, no grau de Comendador, pelo TST.

 

 

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