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Economia
19/10/2017 14h00

BC defende garantia de acesso a produtos financeiros e informação de qualidade

O diretor de Relacionamento Institucional do Banco Central, Isaac Sidney, afirmou nesta quinta-feira, 19, que cada vez mais brasileiros têm acesso a produtos e serviços financeiros, "mas precisamos garantir que esses cidadãos tenham acesso à informação de qualidade, à educação financeira e à proteção de seus direitos".

Segundo ele, uma pesquisa realizada pelo BC e a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostrou que 21% dos entrevistados afirmaram que a última fatura do cartão de crédito está acima do que podem pagar. Deste porcentual, 33% pertencem às classes D e E.

"Há espaço aqui para ações de conscientização e de educação financeira", afirmou Sidney. "Não basta a bancarização. É necessário que a inclusão financeira se dê com qualidade", disse.

Entre os motivos para o excesso no uso do cartão, a pesquisa mostra que 35% dos entrevistados alegam compras em excesso, 17% dizem que os juros são altos e 10% afirmam que acumularam dívidas e parcelas.

Uso adequado

Sidney afirmou que o uso adequado do cartão de crédito é "uma política pública importante". O Banco Central e a Abecs assinaram nesta quinta um acordo de cooperação técnica para desenvolver ações nas áreas de educação financeira, proteção aos usuários de produtos e serviços financeiros e inclusão financeira. A iniciativa faz parte da Agenda BC+.

Segundo ele, o acordo terá duração de um ano e prevê ações educativas e pesquisas na área. "A intenção é aumentar a eficiência do uso do cartão, o que requer informação de qualidade", afirmou Isaac.

Rotativo

O diretor de Relacionamento Institucional do BC afirmou que a instituição propôs ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a limitação de 30 dias para permanência no rotativo do cartão de crédito. "Mas não houve, como não deveria haver, uma redução forçada do custo do crédito. Houve uma medida prudencial, para levar a uma trajetória sustentável", disse.

Segundo ele, a queda de juros do rotativo do cartão não foi decorrente de uma imposição, mas sim de uma medida prudencial. Durante sua apresentação a jornalistas, ele destacou os dados mais recentes do custo de crédito no Brasil, que mostram queda dos juros nas operações com rotativo do cartão de crédito.

PL da Leniência

Sidney disse ainda que, em função do período de silêncio da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), não falaria sobre aspectos relacionados à economia na coletiva de imprensa da manhã. Também evitou comentar a respeito da aprovação, no plenário da Câmara, do Projeto de Lei de Leniência, que é de interesse do Banco Central. Ele disse apenas que a matéria ainda vai ao Senado.

Fonte: Estadão Conteúdo
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