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Economia
12/06/2017 14h40

Bolsas da Europa caem, pressionadas por ações de tecnologia e bancos centrais

Em um dia sem grandes eventos e indicadores relevantes, os mercados acionários europeus fecharam em baixa nesta segunda-feira, 12, reagindo à baixa no setor de tecnologia, notícias geopolíticas e com expectativa para decisões de política monetária de três importantes bancos centrais: o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quinta-feira; o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês); e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), no mesmo dia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,93%, aos 386,74 pontos.

Uma alta nas taxas de juros dos EUA é esperada pelos investidores na quarta-feira pelo Federal Reserve, para a faixa entre 1,00% e 1,25%. Além da expectativa para com a decisão de política monetária do Fed, os investidores também reagiram à queda em ações de tecnologia, após relatórios do Goldman Sachs e do Bank of America alertarem, na semana passada, que o setor de tecnologia ficou "ridiculamente sobrecarregado", com o rali dessas companhias desde o início do ano. Com isso, papéis de companhias de tecnologia operaram no vermelho nos mercados de ações europeus.

No noticiário político britânico, os investidores mantiveram-se atentos aos passos da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que luta para conseguir o apoio do Partido Democrático Unionista (DUP, na sigla em inglês), da Irlanda do Norte, a fim de conquistar maioria absoluta para seu governo. Nas eleições gerais da semana passada, o Partido Conservador, de May, manteve a maioria no Parlamento, mas perdeu 18 assentos, dando adeus à maioria absoluta - ao contrário do que a primeira-ministra desejava quando pediu pela antecipação do pleito. Na terça-feira, May tem uma reunião agendada com o DUP para tentar organizar uma coalizão e formar um governo. Enquanto isso, a premiê já forma seu gabinete, ao manter nomes como o de Boris Johnson, nas Relações Exteriores, e Phillip Hammond, nas Finanças.

Enquanto May perde apoio político, o presidente da França, Emmanuel Macron, vê o movimento oposto acontecer. Nas eleições gerais do domingo, o partido do presidente, o En Marche!, mostrou força e deve conquistar uma clara maioria legislativa no Parlamento francês, com base nas projeções do primeiro turno. O resultado surpreendentemente forte do En Marche! reforça a capacidade do novo líder de cumprir suas promessas de campanha, incluindo a reforma do código trabalhista da França. Na terça-feira, Macron irá se reunir com Theresa May, onde os dois deverão discutir sobre a saída britânica do Reino Unido - processo que ficou conhecido como Brexit.

Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,21%, aos 7.511,87 pontos, com o setor bancário ajudando nas perdas. O Barclays caiu 0,65%; o HSBC recuou 0,59%; e o Lloyds baixou 1,30%. O mesmo ocorreu em Paris, com o índice CAC-40 fechando em baixa de 1,12%, aos 5.240,59 pontos, com o Crédit Agricole caindo 1,65% e o Société Générale cedendo 2,14%.

O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 0,98%, aos 12.690,44 pontos. No setor de tecnologia, Infineon Technologies (-4,83%) e SAP (-3,58%) lideraram as perdas. Já entre as montadoras, a Volkswagen subiu 1,70%; a BMW avançou 0,56% e a Daimler ganhou 0,27%.

Em Milão, o índice FTSE-MIB baixou 1,00%, fechando na mínima, aos 20.910,23 pontos. O Intesa Sanpaolo recuou 0,46%; o Unicredit caiu 1,05% e o Banco BPM cedeu 2,31%. Já na bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 1,24%, aos 10.842,40 pontos, enquanto o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, recuou 0,77%, aos 5.258,00 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Fonte: Estadão Conteúdo
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