17/08/2018 18h20
Bolsas de NY fecham em alta, apoiados por relações comerciais entre EUA e China
Os mercados acionários americanos encerraram em alta o pregão desta sexta-feira, 17, apoiados pelo cenário de menor aversão a risco diante de conversas entre Estados Unidos e China para que as tensões comerciais entre os dois paÃses sejam resolvidas ainda este ano.
O Ãndice Dow Jones fechou em alta de 0,43%, aos 25.669,32 pontos; o S&P 500 subiu 0,33%, aos 2.850,13 pontos; e o Nasdaq avançou 0,13%, aos 7.816,33 pontos. Já o Ãndice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street fechou em queda de 6,02%, aos 12,64 pontos.
A próxima semana será chave para as relações comerciais em todo o globo. Fontes ouvidas pela Dow Jones Newswires informaram que negociadores americanos e chineses traçaram um planejamento para que os diálogos comerciais entre os dois paÃses, que começarão na próxima semana, culminem em uma reunião entre Donald Trump e Xi Jinping em novembro. O plano representa o mais novo esforço das duas partes para evitar a escalada nas tensões que sacudiram os mercados globais nos últimos meses.
"Há conversas que foram anunciadas publicamente e essas conversas são um sinal positivo. A China tem muitas reformas a fazer e queremos conversar com eles sobre como fazê-las. E acreditamos que se eles fizerem reformas será bom para nós", disse o diretor do Conselho de Assuntos Econômicos da Casa Branca, Kevin Hassett. As reuniões da próxima semana ocorrerão em solo americano e serão conduzidas pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, e pelo vice-ministro de Comércio da China, Wang Shouwen.
Outra fonte de tensão também está sendo desfeita aos poucos pelas autoridades americanas. Após comentários positivos feitos por Trump na quinta-feira sobre as relações com o México, que estariam progredindo, Hassett apontou que os EUA estão "muito, muito próximos" de um acordo com o México no âmbito do processo de renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês). "Há alguns pontos difÃceis, mas houve muito progresso", acrescentou o assessor econômico da Casa Branca, que deu apoio ao peso mexicano durante a tarde.
A expectativa é de que, sem o peso das tensões no comércio global, a confiança do consumidor americano possa voltar a aumentar. Nesta sexta-feira, a Universidade de Michigan informou que o Ãndice de sentimento do consumidor caiu de 97,9 em julho para 95,3 em agosto, no menor nÃvel em 11 meses. "As guerras comerciais e a volatilidade dos mercados parecem estar desencadeando as mais fracas leituras de confiança do consumidor vistas ainda este ano, o que não é um bom sinal para o futuro", apontou o economista Christopher Rupkey.
Ainda na pesquisa de sentimento do consumidor, o economista Richard Curtin, que comanda a sondagem, apontou que os dados sugerem que os consumidores "se tornaram muito mais sensÃveis até mesmo à s taxas de inflação". Ele disse, ainda, que, no geral, "os números indicam que os consumidores têm pouca tolerância para inflação excessiva e, para o benefÃcio do Federal Reserve (Fed), as taxas de juros agora desempenham um papel mais decisivo nas decisões de compra". Entre os bancos, o Goldman Sachs fechou em alta de 0,16%, o Wells Fargo avançou 0,34% e o Citigroup subiu 0,16%.
Fonte: Estadão Conteúdo