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Economia
27/03/2020 19h00

Bolsas de NY fecham em queda apesar de aprovação de pacote de estímulo econômico

As bolsas de Nova York fecharam em queda, mas reduziram perdas próximo ao horário de fechamento, após a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovar um pacote de US$ 2 trilhões, contra os impactos econômicos da pandemia do coronavírus. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ainda durante o pregão em sua conta no Twitter que assinaria a medida hoje mesmo, o que já fez. Porém o cenário de aversão ao risco em meio ao avanço global do coronavírus predominou nos mercados. Segundo a Universidade Johns Hopkins, os EUA são agora o país com mais casos de infecção pela covid-19 no mundo.

O índice Dow Jones fechou em queda de 4,06%, aos 21.636,78 pontos, e o S&P 500 caiu 3,37%, a 2.541,47 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 3,79% em 7.502,38 pontos. Destaque para ações da Boeing, que, após dias de alta, tombaram 10,27%, junto com ações de empresas petrolíferas: a Chevron caiu 9,95% e a Exxon Mobil se desvalorizou 4,82%. As ações da Alphabet (Google) caíram 4,57%, assim como as da Apple (-4,14%).

Na avaliação do RBS, os ativos de risco recuaram hoje após "ganhos substanciais nos últimos dias". Para o banco, esses avanços recentes eram "parte da euforia e otimismo pós-aprovação do pacote, desaparecendo um pouco, apesar da aprovação efetiva do acordo hoje na Câmara".

Em um cenário de expectativa, ainda, para a assinatura do pacote de ajuda, investidores mantiveram cautela nos negócios, principalmente diante das notícias de avanço da covid-19 e declarações de autoridades. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou cartas a milhões de casas americanas com as diretrizes oficiais para o combate ao coronavírus, fortalecendo a quarentena.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou que deve haver diretrizes diferentes para regiões distintas do país nos próximos dias, com relação ao coronavírus, sugerindo que, em algumas áreas menos afetadas pelo vírus, algumas restrições à circulação possam ser liberadas, a depender dos números da doença.

Já o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse que a prioridade do governo dos Estados Unidos, neste momento, é a questão de saúde pública, e depois a questão econômica. O presidente da distrital de Dallas do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Robert Kaplan, disse esperar que os Estados Unidos tenham uma taxa de desemprego entre 7% e 8% até o fim do ano, além de problemas com a produção de petróleo no país.

Entre indicadores dos Estados Unidos, investidores acompanharam a divulgação do índice de sentimento do consumidor, elaborado pela Universidade de Michigan, que caiu de 101 em fevereiro para 89,1 em março. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas. E os gastos com consumo entre os americanos subiram 0,2% em fevereiro ante janeiro, segundo o Departamento do Comércio. O resultado veio em linha com a previsão de analistas, enquanto a renda pessoal avançou 0,6% no período, superando a previsão do mercado, de acréscimo de 0,4%.

Fonte: Estadão Conteúdo
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