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Economia
18/10/2018 19h10

Bolsas de NY recuam com tensão na Itália, com Fed ainda no radar

Na esteira do tom hawkish da ata divulgada na quarta-feira, 17, pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), as bolsas de Nova York voltaram a fechar em queda nesta quinta-feira, 18, também afetadas pelas tensões orçamentárias na Itália, que promoveram um movimento de busca por segurança.

O índice Dow Jones fechou a sessão em queda de 1,27%, aos 25.379,45 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 1,44%, aos 2.768,78 pontos, e o Nasdaq caiu 2,06%, para 7.485,14 pontos. O índice de volatilidade VIX, considerado o "medidor de medo" de Wall Street, voltou a superar a marca dos 20 pontos, aos 20,06 pontos, em alta de 15,29%.

Ainda que o tom hawkish dos dirigentes do Fed na reunião de política monetária de setembro, registrado pela ata divulgada ontem, tenha pressionado os mercados acionários, foram as tensões em solo italiano que levaram os mercados acionários a registrarem sucessivas mínimas em Nova York, protagonizando as perdas registradas nesta quinta-feira.

A Comissão Europeia fez diversas críticas ao plano orçamentário da Itália para o próximo ano fiscal, que prevê déficit de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o triplo do previamente acordado, e deu o prazo até segunda-feira para que autoridades italianas respondam às questões que estão no foco. O comissário econômico da União Europeia (UE), Pierre Moscovici, e o comissário da UE para o Euro e o Diálogo Social, Valdis Dombrovskis, caracterizam o plano como um "desvio sem precedentes" e uma "fonte séria de preocupação".

Com a saída dos mercados acionários, a busca de investidores foi por ativos de maior segurança, como os títulos da dívida pública dos EUA e da Alemanha, enquanto a dívida da Itália foi deixada de lado pelos agentes. Nesse cenário, o spread entre os yields dos bônus italiano de dez anos e do Bund alemão com a mesma maturação atingiu o maior nível desde março de 2013, furando barreiras técnicas.

O subíndice de serviços de comunicação do S&P 500 encerrou o dia em queda de 1,84%, puxado pelas baixas da Netflix (-4,93%), que apagou grande parte dos ganhos vistos após o balanço, e do Facebook (-2,82%), enquanto os papéis da Apple (-2,34%) pesaram no subíndice de tecnologia do S&P 500, que encerrou o dia com perda de 2,02%.

Já companhias do setor industrial também contribuíram com o recuo dos índices acionários nova-iorquinos à medida que o subíndice industrial do S&P 500 fechou em baixa de 1,79%, aos 617,66 pontos. Os investidores acompanharam de longe as tensões entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita depois do desaparecimento de um jornalista.

No início da tarde, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, informou que não participará de uma conferência de investimentos em Riad, capital saudita. Apesar de monitorado, o anúncio não chegou a fazer preço no mercado, à medida que ações do setor industrial já operavam no vermelho. Os laços entre os dois países tendem a pressionar, principalmente, o setor de defesa. Dado esse pano de fundo, os papéis da Boeing caíram 1,68%, os da Lockheed Martin recuaram 1,62% e os da Raytheon perderam 0,76%. Depois do fechamento das bolsas, o presidente Donald Trump disse que, de acordo com o resultado das investigações, as consequências "teriam de ser muito severas". Ele já havia ameaçado impor sanções ao reino saudita.

Fonte: Estadão Conteúdo
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