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Economia
26/07/2019 18h40

Em pregão morno, DIs fecham perto da estabilidade à espera de Copom e Fed

No último pregão da semana que antecede as decisões de política monetária aqui e nos Estados Unidos, o mercado de juros futuros doméstico operou em ritmo lento, com investidores sem disposição para promover alterações substanciais dos prêmios de risco. Em uma sessão de liquidez bastante reduzida, as taxas dos principais contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) apresentaram oscilações modestas.

Sem indicadores de atividade e inflação capazes de recalibrar as apostas para a reunião do Copom na próxima semana (dias 30 e 31), o DI para janeiro de 2020 terminou estável, a 5,59%. Grosso modo, as taxas refletem cerca de 60% de chances de redução da Selic em 0,50 ponto porcentual, para 6% ao ano. Entre os economistas ouvidos pelo Broadcast, o placar se inverte: 27 aguardam corte de 0,25%, ao passo que 24 projetam redução de 0,50 ponto.

Na parte intermediária da curva, DI para janeiro de 2021 passou de 5,45% para 5,46%. Já o DI para janeiro de 2023 foi de 6,35% para 6,31%. Entre os mais longos, DI para janeiro 2025 recuou de 6,90% para 6,87%.

A falta de apetite pode ser explicada pela movimentação expressiva de queda dos prêmios ao longo de julho. No acumulado desta semana, por exemplo, houve queda tanto dos contratos curtos - sobretudo após a divulgação do IPCA-15 de julho, na terça-feira - quanto dos longos, na esteira do recuo dos rendimentos dos Treasuries. Principal veículo para apostas sobre o rumo da Selic neste ano, a taxa do DI para janeiro de 2020 caiu 7 pontos-base desde o fechamento do dia 19. Já o contrato para janeiro de 2025, mais ligado ao ambiente externo e à percepção do risco, caiu 7 pontos-base.

Além do Copom, os investidores locais monitoram as expectativas para o encontro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), cuja decisão também será anunciada no dia 31. Pela manhã, foi divulgado que PIB americano cresceu 2,1% no segundo trimestre (taxa anualizada), na primeira estimativa do governo, acima da mediana das projeções de 46 instituições compiladas pelo Broadcast (1,9%).

O crescimento acima do esperado esfriou a expectativa de que o Fed poderia reduzir a taxa básica - hoje entre 2,25% e 2,50% ao ano - em 0,50 ponto porcentual. Isso abriu espaço para uma alta do dólar no mercado global e evitou uma queda maior dos rendimentos dos Treasuries, referência para a renda fixa global.

Segundo Matheus Gallina, sócio e gestor de renda fixa da Quantitas, sem novidades capazes de alterar as expectativas para o Copom, o mercado tende a andar de lado. "Se não houver sinal ou notícia que possa mudas as expectativas para a política monetária, o mercado tende a trabalhar em ritmo lento. Agora está todo mundo esperando o fato em si, que é o anúncio do novo nível de juros não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos", afirma Gallina, ressaltando que mesmo o resultado acima do esperado do PIB americano "não teve impacto relevante nos mercados locais".

Fonte: Estadão Conteúdo
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