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Esportes
12/08/2017 07h09

Após drama no Palmeiras em 2014, Dorival revive martírio no comando do São Paulo

Depois de lutar contra o rebaixamento em 2014 no Palmeiras, o técnico Dorival Junior revive o drama no São Paulo. Em alguns pontos, a semelhança é grande. Nos dois times, ele foi contratado como bombeiro após trocas de técnicos e conquistou apenas duas vitórias nos primeiros sete jogos. Teve de apelar para uma mudança de esquema tático, abrindo mão do estilo ofensivo para jogar mais fechado a fim de somar pontos - treinou uma formação nova para o jogo diante do Cruzeiro. Nos dois times, tinha de lidar com excesso de estrangeiros.

Existem inúmeras similaridades entre a trajetória do Palmeiras de 2014 e o São Paulo de hoje. Dorival assumiu o Palmeiras no dia 3 de setembro de 2014 com o discurso de resgatar a autoestima e a confiança do elenco para evitar o rebaixamento no ano do centenário do clube.

Três anos depois, o discurso é o mesmo. "Temos de buscar o emergencial, mas tentando conscientizar e mostrar no campo o que observamos e, acima de tudo, resgatar a confiança de cada jogador para ter atuações mais consistentes e bons resultados", disse o treinador em sua apresentação no time do Morumbi, no dia 10 de julho.

Além do Palmeiras, Dorival lutou contra a degola três vezes desde 2010. Ele dirigiu Atlético-MG (escapou), Vasco (ele saiu antes, mas o time caiu) e Fluminense (a Lusa foi punida e caiu). Em 2014, o Palmeiras ocupava a 16.ª posição na tabela do Brasileirão, com 17 pontos em 18 rodadas. Dorival conquistou apenas duas vitórias nos primeiros sete jogos. Os primeiros três pontos vieram na abertura do 2.º turno: 1 a 0 sobre o Criciúma. Só venceu de novo quatro rodadas depois (2 a 0 no Vasco), depois de ser goleado pelo Flu (3 a 0), empatar com o Flamengo (2 a 2) e ver o Goiás atropelar sua equipe (6 a 0).

Dorival assumiu o São Paulo na zona de rebaixamento e também só conseguiu duas vitórias até agora, diante do Vasco e o Botafogo.

Em 2014, o treinador foi um dos quatro técnicos do Palmeiras no Brasileiro, ao lado de Gilson Kleina, Alberto Valentim e Ricardo Gareca. No São Paulo, ele assumiu depois de Ceni e Pintado (um jogo apenas, diante do Santos, na Vila Belmiro).

Outra semelhança: o excesso de estrangeiros. Hoje, o São Paulo tem Cueva, Arboleda, Lugano, Buffarini, Pratto e Gomez. Por causa da limitação no regulamento, que prevê apenas cinco por partidas, um deles está sempre fora. No Palmeiras, eram oito estrangeiros, herança do técnico Ricardo Gareca.

Questionado pela reportagem do Estado sobre as lições que o Dorival de 2014 pode ensinar para a versão 2017, o treinador desconversou. "São situações diferentes, os ambientes eram outros. O Palmeiras vivia problemas muito sérios, como 45 jogadores dentro de um mesmo vestiário", disse Dorival.

Além do elenco numeroso, as diferenças entre as duas campanhas estão na formação do time. O Palmeiras dependia de Valdivia - sua saída para defender a seleção chilena e uma lesão na reta final coincidiram com a queda do time. No São Paulo, vários jogadores, como Hernanes, Cueva, Petros e Pratto, dividem a responsabilidade.

Vários jogadores do Palmeiras não se firmaram, como João Pedro, Nathan, Lúcio, Gabriel Dias, Wesley (hoje fora dos planos do próprio São Paulo) e Mazinho. Os problemas do São Paulo se concentram nas laterais e na criação.

O estilo do treinador mudou. Depois de usar agasalho esportivo e uniforme, ele passou a adotar blazer e camisa social por causa de um patrocínio, anterior à chegada ao São Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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