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Esportes
03/02/2015 12h10

Marta lamenta falta de projeto e admite queda da seleção feminina

A seleção feminina de futebol terá pela frente este ano o Mundial do Canadá, entre 6 de junho e 5 de julho. Marta segue como principal estrela de uma equipe que parece já ter vivido seu melhor momento, e que não soube aproveitá-lo. A análise é da própria jogadora, que admite a queda de rendimento do País na modalidade desde os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim.

"A queda é um fato. Estamos agora em oitavo no ranking da Fifa. O que deu errado? Bom, do meu ponto de vista, nós alcançamos um alto padrão em 2004, 2007 e 2008, quando fomos vices na Olimpíada de Atenas, na Copa do Mundo da China e nos Jogos de Pequim, respectivamente. Daí para frente, mantivemos um elenco junto, mas algumas novas jogadoras vieram e outras penduraram as chuteiras. Não fomos capazes de repor da melhor maneira as jogadoras que saíram, então precisamos iniciar uma nova geração", disse em entrevista publicada nesta terça no site da Fifa.

Marta admite que a mudança de geração tenha sido fundamental para a queda, mas nega-se a culpar as jogadoras. Para ela, a CBF não soube tirar proveito de uma geração que foi tão longe, e até hoje não criou um projeto a longo prazo pensando no futebol feminino. Com o descaso e a ausência de grandes resultados, o interesse diminuiu, menos atletas foram reveladas e a seleção se vê em meio a uma vertiginosa queda. Resta saber qual será o fundo deste buraco.

"Nós perdemos muito tempo e não conseguimos tirar total vantagem da geração que apareceu em 2004. Deveria haver um projeto mais consistente, de longo prazo, para desenvolver jogadoras promissoras a um nível alto o suficiente para que elas substituíssem as que estivessem saindo. Então, começamos do zero de novo. E precisamos ser cuidadosos agora também, porque as jogadoras veteranas, como eu, Cristiane, Formiga e Andréia, não ficaremos para sempre. Só com trabalho duro podemos manter a seleção forte", declarou.

Com tantos obstáculos, é natural que Marta não se mostre confiante para o Mundial do Canadá. Ela até acredita que a seleção pode fazer frente às principais equipes da modalidade, dada a habilidade das jogadoras, mas sabe que a equipe precisará se sobressair em campo se quiser brigar pelas primeiras posições.

"Acho que temos habilidade para ir bem, brigar com pesos pesados como Alemanha, Estados Unidos, França, Suécia, Japão, Canadá, Inglaterra... Dito isso, nossa condição atual não reflete isso. Se quisermos nos comparar com os times do Brasil do passado, teremos que provar em campo. É uma hora crucial agora. O técnico Vadão está fazendo um trabalho muito bom, dando chance a todas as garotas", avaliou.

Fonte: Estadão Conteúdo
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