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31/03/2011 09h34

Dieta de Vacas e Ovelhas Tentativa de reduzir gases causadores do efeito estufa

Cientistas britânicos pesquisam formas para mudar a dieta de vacas e ovelhas

Cientistas britânicos estão pesquisando formas de mudar a dieta de vacas e ovelhas para tentar reduzir a emissão de gases causadores de efeito estufa pelos animais, evitando arrotos e flatulência em excesso.

Um novo estudo feito por uma equipe da Universidade de Reading e pelo Instituto de Ciências Biológicas, Ambientais e Rurais da Universidade de Aberystwyth, no Reino Unido, sugere que mudanças no tipo de ração que alimenta o gado podem reduzir a emissão do gás metano em até 33%.

 
  Nova dieta pode ajudar a diminuir as emissões de gases do efeito estufa



Animais ruminantes, como vacas e ovelhas, são uma das principais fontes de emissão de metano na indústria agropecuária porque o processo de fermentação que acontece dentro de seu sistema digestivo provoca uma concentração do gás.

Ministros britânicos dizem esperar que o estudo, financiado pelo Departamento de Ambiente, Alimento e Assuntos Rurais (Defra, na sigla em inglês), melhore o desempenho ambiental das fazendas do país.

"É muito instigante que essa nova pesquisa tenha descoberto que, simplesmente mudando o modo como alimentamos os animais na fazenda, tenhamos o potencial de fazer uma grande diferença no meio ambiente", disse o ministro da Agricultura Jim Paice.

De acordo com o Defra, só a criação de gado em fazendas responde por 9% do total de emissão de gases de efeito estufa no Reino Unido. Metade desse valor é consequência da criação de animais leiteiros como ovelhas, vacas e cabras.

Alimentação

Segundo a pesquisa, aumentar a proporção de milho de 25% para 75% na ração utilizada na alimentação dos animais reduziria a emissão de metano em 6% para cada litro de leite produzido pelas vacas.

O uso de capim rico em açúcar também diminuiria as emissões em 20% para cada quilo de peso ganho pelos animais. No caso das ovelhas, aveia descascada pode reduzir a emissão de metano em 33%.

No entanto, a Defra disse que os benefícios das reduções no longo prazo terão que ser considerados "em comparação com outros impactos ambientais e com a praticidade e o custo de implementar [o método] nas fazendas."

A pesquisa também afirma não estar claro se as mudanças realmente reduzem a quantidade de gases expelidos pelos animais ou se as mudanças na dieta aumentam os rendimentos totais de carne e leite e, por isso, diminuem a proporção de metano produzido por quilo de carne ou litro de leite.

Ruminação

Há anos, pesquisadores de países como a Austrália e a Nova Zelândia buscam soluções para o problema da emissão de gases de efeito estufa na criação de gado.

Na Nova Zelândia, os animais criados em fazendas respondem por 90% das emissões de metano do país e por 43% das emissões de gases como metano e gás carbônico de todas as atividades humanas. Diminuir as emissões nessa área é condição para que o país alcance as metas estipuladas pelo protocolo de Kyoto.

Em 2010, a FAO, órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) para alimentação e agricultura, propôs taxar as emissões dos animais como parte de uma série de medidas para diminuir o impacto ambiental do setor agrícola.

O órgão justificou a proposta dizendo que, considerando toda a cadeia alimentar (criação, alimentação, transporte, abate, etc.) os animais de criação do mundo são responsáveis por 9% das emissões de gás carbônico induzidas pelo homem e por 37% das de metano.

No entanto, representantes do setor no Reino Unido foram contra a ideia e disseram que já tomaram medidas para reduzir as emissões totais.

Uma medida alternativa, proposta por pesquisadores da Universidade de Bangor, no norte do País de Gales, seria manter o gado leiteiro em galpões, o que permitiria aos fazendeiros recolher o metano e utilizá-lo como combustível, evitando que o gás escape para a atmosfera.

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