13/03/2017 14h54
Doria quer 'liberar' e reurbanizar ruas da Cracolândia até fim de 2017
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou nesta segunda-feira, 13, um projeto urbanÃstico para a região da Cracolândia, na Luz, região central da capital paulista, que deve começar a ser implementado até o fim deste ano. A reurbanização das ruas ocorrerá após o inÃcio do programa Redenção, previsto para junho. Segundo Doria, a ideia é que, até dezembro de 2017, os dependentes quÃmicos tenham sido retirados da Cracolândia e inseridos na ação municipal.
"Não se trata apenas de resolver o problema clÃnico e social, mas também de garantir a reurbanização das áreas atualmente ocupadas. Isso é importante e faz parte de um planejamento estratégico para que, sobe nenhuma possibilidade, tenhamos a volta de consumidores de crack e muito menos de traficantes nesta área. Você tem que dar uma ocupação urbanÃstica", afirmou. "Nossa ideia é que, ainda neste ano, iniciando (o programa Redenção) em junho, essa área esteja completamente liberada e já com o desenvolvimento sendo iniciado."
A reportagem solicitou as imagens do projeto urbanÃstico para a Prefeitura, que negou. A declaração foi dada após uma reunião com duração de quase três horas no prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP), com representantes do governo estadual, secretários municipais, seis promotores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), entre outros membros.
Além da ação urbanÃstica, Doria destacou que outras cinco áreas envolvidas no programa Redenção: saúde, zeladoria, social, sociedade civil e policial. No caso de sociedade civil, o prefeito se refere a organizações não governamentais (ONGs) e lÃderes religiosos.
"A Cracolândia é tema que há quase duas décadas aflige a vida na cidade.", disse Doria. "Hoje não temos mais uma Cracolândia. São nove."
Segundo o tucano, há 4 mil dependentes quÃmicos espalhados pela capital. "Não é uma ação somente focada na Luz, nessa matriz da Cracolândia. São outras oito que vão exigir também uma ação estratégica bem construÃda por diferentes setores", disse.
Fonte: Estadão Conteúdo