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09/10/2014 09h20

Operação prende PMs envolvidos com tráfico no Rio

O comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (Ilha do Governador, na zona norte), tenente-coronel Dayzer Carpas Maciel, e o chefe da Segunda Seção (P-2) do batalhão, 1° tenente Vítor Mendes da Encarnação, foram presos na manhã desta quinta-feira, 9, acusados de comandar o sequestro de dois traficantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP). Além deles, outros 14 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão foram cumpridos. De acordo com as investigações da Secretaria de Segurança (Seseg) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os policiais exigiram R$ 300 mil para resgate dos chefes do tráfico do Morro do Dendê, na Ilha, e de Senador Camará, na zona oeste.

Os PMs teriam forte laço com Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, chefe do TCP. Segundo as investigações, os crimes (extorsão mediante sequestro e roubo) aconteceram no dia 16 de março e foram flagrados por câmeras de segurança.

Os policiais do 17º Batalhão foram informados que traficantes armados sairiam da Ilha, pela Estrada do Galeão (próximo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim), em um Ford Ecosport vermelho. Na altura da cabine da PM da Base Aérea do Galeão, o carro foi interceptado e cinco traficantes foram abordados: André Cosmo Correa Vaz; Rodrigo da Silva Alves; Evenílson Ferreira Pinto; Atileno Marques da Silva, o Palermo; e Rogério Vale Mendonça, o Belo.
Com os traficantes foram localizados quatro fuzis, 18 granadas, três pistolas, oito carregadores e munição. Os policias também roubaram cordões de ouro e relógios dos bandidos.

Quando chegou no local da ocorrência, o 1° tenente Vítor Mendes determinou a divisão de tarefas entre os policiais. De acordo com a denúncia encaminhada à Auditoria de Justiça Militar Estadual, ele decidiu levar apenas três traficantes e um fuzil para a 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador).

Os traficantes Palermo e Belo, chefes do tráfico de drogas do TCP, foram levados para o bairro Itacolomi, também na Ilha, de onde os PMs fizeram contato com uma advogada para negociar o valor do resgate. Os dois foram libertados sete horas depois da prisão, após pagamento de R$ 300 mil. Os policiais ainda venderam os três fuzis apreendidos para traficantes do Morro do Dendê, por R$ 140 mil. O restante da apreensão foi dividido entre os Pms.

Durante toda a ação, o comandante do 17° BPM manteve contato por telefone com o 1° tenente Vítor. Na divisão, o tenente-coronel Dayzer recebeu R$ 40 mil. Oitos policiais que participaram dos crimes, ganharam R$ 1 mil, cada um. Todos serão afastados de suas funções por ordem judicial.

A partir das investigações da SSINTE, foi constatado o envolvimento de policiais militares lotados no 17º BPM (Ilha do Governador) com o tráfico de drogas na Ilha do Governador. Além da Subsecretaria de Inteligência da Seseg e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, participam da Operação Ave de Rapina, a Corregedoria Geral Unificada (CGU), a Polícia Civil, a Promotoria de Justiça que atua junto à Auditoria de Justiça Militar e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE).

Fonte: Estadão Conteúdo
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