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Internacional
03/09/2019 13h10

Ameaça de suspensão do Parlamento aumenta número de manifestantes em Westminster

Nos últimos meses, um pequeno grupo fica permanentemente em frente ao Parlamento britânico, em Westminster para protestar contra o Brexit. Há também manifestantes favoráveis à saída do Reino Unido da União Europeia, programada para ocorrer em 31 de outubro, mas a quantidade de bandeiras do bloco são maioria. Hoje, 200 pessoas estão posicionadas nesta terça-feira, 3, em frente ao Legislativo para demonstrar sua insatisfação.

O motivo é o risco anúncio de suspensão do Parlamento pelo primeiro-ministro Boris Johnson até outubro. A população local tem sido bastante atuante em relação ao futuro do país, que pode passar com o divórcio por um dos períodos de maior ruptura da história recente.

O plebiscito de junho de 2016 levou à vitória do Brexit por 52% dos votos a favor e 48% contra. Na ocasião, a imigração estava no topo da lista das maiores preocupações dos britânicos e a consulta pública ocorreu em meio a uma série de informações polêmicas, muitas delas apontadas como fake news.

Imigração perde espaço no debate público

Hoje, o NHS (o serviço público de saúde que é orgulho nacional) e a Educação estão nas duas primeiras colocações. A imigração passou para a quarta posição.

Não à toa, Johnson citou essas duas áreas na segunda-feira em seu discurso, onde reafirmou sua intenção de levar o Brexit a cabo em 31 de outubro, sem "ses" e sem "mas".

Ele também invocou os deputados a não adiarem o divórcio e rechaçou a possibilidade de eleições antecipadas - discurso que teria mudado nesta terça, ainda nos bastidores, caso os deputados contrários a uma separação sem acordo tenham êxito em sua atuação nesta terça-feira no Parlamento.

Johnson e seus blefes

O primeiro-ministro afirmou na segunda-feira, 2, também que avanços têm sido feitos nas negociações com Bruxelas, mas não citou quais. Para alguns, trata-se de um blefe para evitar que deputados atuem contra seus planos.

Para outros, o blefe maior é o de que fará um divórcio a qualquer custo, mesmo que não haja um acordo entre as partes. Até o momento, é difícil decifrar qual é a interpretação mais verossímil.

Para não pagar para ver, os mercados operam de forma tensa nesta terça em Londres e contaminam outras praças de negócios europeias.

A libra bateu as mínimas desde outubro de 2016 na manhã desta terça e os juros dos Gilts, os títulos soberanos com vencimento de 10 anos, atingiram o menor porcentual da história.

Fonte: Estadão Conteúdo
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