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Internacional
20/07/2019 10h50

Conselho do Irã diz que apreensão de petroleiro britânico é ato 'recíproco'

Um poderoso conselho no Irã disse neste sábado, 20, que a apreensão de um navio petroleiro britânico no estratégico Estreito de Ormuz ocorreu em resposta ao papel do Reino Unido no confisco de um 'superpetroleiro' iraniano, há duas semanas.

O porta-voz do Conselho Guardião do Irã, Abbas Ali Kadkhodaei, foi citado na agência de notícias semioficial Fars dizendo que "a regra de ação recíproca é bem conhecida na lei internacional" e que as atitudes do Irã para "confrontar a guerra econômica ilegítima e a apreensão de navios petroleiros é um exemplo dessa regra e baseada em direitos internacionais".

O conselho raramente comenta assuntos de Estado, mas, quando o faz, é visto como um reflexo das visões do líder supremo Aiatolá Ali Khamenei. Isso porque o conselho trabalha próximo a Khamenei, que tem a palavra final em todos os assuntos de Estado.

Com 23 tripulantes a bordo, o navio de bandeira britânica Stena Impero foi apreendido pelo Irã na sexta-feira, 19. Radares marítimos mostram que ele se dirigia a um porto na Arábia Saudita.

Em 4 de julho, a Marinha Real britânica tomou parte na apreensão de um navio-tanque iraniano carregando mais de 2 milhões de barris de petróleo bruto iraniano perto de Gibraltar, um território ultramarino britânico próximo à costa sul da Espanha. Autoridades no local inicialmente disseram que a apreensão ocorreu sob ordens dos Estados Unidos.

O Reino Unido disse que libertaria a embarcação se o Irã fosse capaz de provar que não estava infringindo sanções da União Europeia a embarques de petróleo para a Síria. No entanto, na sexta-feira, um tribunal em Gibraltar estendeu por 30 dias a retenção do navio de bandeira panamenha Grace.

A agência de notícias estatal IRNA também revelou na manhã deste sábado que o Irã havia apreendido a embarcação de bandeira britânica na sexta-feira após ela ter se chocado contra um barco de pesca iraniano - uma explicação que retratava a apreensão como uma tecnicalidade, em vez de uma retaliação no atual clima tenso.

Em Londres, o presidente do Comitê de Assuntos Externos da Câmara dos Comuns do Reino Unido, Tom Tugendhat, disse que ação militar para libertar o petroleiro seria "extremamente imprudente", especialmente porque a embarcação aparentemente foi levada a um porto bem protegido.

Tensões entre o Irã e o Ocidente vêm aumentando desde maio, quando os Estados Unidos anunciaram que estavam enviando um porta-aviões e tropas adicionais ao Oriente Médio, citando ameaças não especificadas representadas pelo Irã.

Fonte: Estadão Conteúdo
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