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Internacional
26/08/2019 20h20

Governo da Argentina e FMI precisam "reverter catástrofe social", diz Fernández

Candidato favorito à presidência da Argentina, o oposicionista Alberto Fernández se reuniu nesta segunda-feira com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI). Depois do encontro, a Frente de Todos, coalizão de Fernández, emitiu um comunicado, no qual afirma que o Fundo e o governo do presidente Mauricio Macri "geraram esta crise" e "têm a responsabilidade de reverter a catástrofe social que hoje atravessa uma porção cada vez maior da sociedade argentina".

O comunicado diz que Fernández concorda com os quatro objetivos principais do acordo firmado anteriormente entre a Argentina e o FMI: a recuperação do crescimento econômico; a geração de empregos para combater a pobreza; a redução da inflação; e a busca de uma trajetória descendente da dívida pública. "Desses quatro objetivos, nenhum foi alcançado, mas na verdade tudo piorou desde a celebração daquele acordo", critica.

A coalizão de Fernández afirma que a situação macroeconômica da Argentina "tem piorado significativamente", desde o acordo, o que o próprio FMI aponta. Na reunião, Fernández "reiterou sua preocupação com o fato de que os créditos outorgados pelo FMI ao governo nacional tenham sido utilizados, em grande parte, para financiar a saída de capitais". "No total, a saída líquida de dólares supera US$ 36,6 bilhões, o que representa mais de 80% dos desembolsos recebidos até a data", afirma a coalizão. Para os oposicionistas, isso representa "um descumprimento flagrante" do disposto no artigo IV do FMI, segundo o qual "nenhum membro poderá utilizar os recursos gerais do Fundo para fazer frente a uma saída considerável ou contínua de capital".

Fernández e seu grupo político afirmam que o programa do governo Macri piorou muitos problemas, como a inflação, e reinstalou outros que haviam sido resolvidos, como o endividamento do setor público. "O acordo com o FMI, por sua vez, não conseguiu reverter nenhum daqueles problemas e, em alguns casos, não fez mais que aprofundá-los (precisamente, o do endividamento público", lamenta a nota.

Fonte: Estadão Conteúdo
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