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Internacional
19/09/2014 21h50

Negociadores concordam em criar zona neutra na Ucrânia

Os participantes das negociações para a paz na Ucrânia concordaram nesta sexta-feira em criar uma zona neutra para separar as tropas do governo e rebeldes pró-Rússia, além de retirar os combatentes estrangeiros e as armas pesadas da área do conflito, no leste ucraniano.

O acordo alcançado por representantes da Ucrânia, da Rússia, dos rebeldes apoiados por Moscou e da Organização Para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) marcou um esforço para fortalecer o cessar-fogo que foi assinado no dia 5 de setembro, mas que tem sido continuamente violado por confrontos. Os negociadores deixaram de lado, no entanto, a questão mas controversa: a condição futura das regiões rebeldes.

A nova medida, aceita após horas de negociações que se arrastaram noite a dentro, visa criar uma zona neutra de 30 quilômetros de largura. Segundo os membros das equipes envolvidas nas discussões, todo armamento pesado terá que ser retirado dessa região.

Os negociadores também concordaram em retirar todos os combatentes estrangeiros e mercenários do leste da Ucrânia - em uma referência diplomática aos solados russos que lutam ao lado dos separatistas. Ucranianos e os países do ocidente acusam Moscou de abastecer a insurgência nas províncias de Donets e Luhansk com armas e soldados. O Kremlin nega, afirmando que os cidadãos que se uniram aos rebeldes por decisão própria.

Pressionado para comentar sobre a retirada dos combatentes estrangeiros, o embaixador russo na Ucrânia, Mikhail Zurabov, que representou Moscou nas conversas, disse que "aqueles que chamamos de mercenários estão presentes de ambos os lados". Ele afirmou que a OSCE deve ficar responsável por controlar o fluxo de soldados de outros países. A enviada da organização para o diálogo, Heidi Tagliavini, confirmou que os monitores do grupo seriam enviados à zona neutra para assegurar o cumprimento do acordo.

O Parlamento ucraniano aprovou nesta semana uma lei que concede ampla autonomia às áreas controladas pelos insurgentes, incluindo o poder para convocarem eleições locais e formarem sua própria polícia. O líder dos militantes em Donetsk, Alexander Zakharchenko, afirmou, no entanto, que a Ucrânia e os rebeldes têm interpretações diferentes da norma e que as negociações devem continuar. Fonte: Associated Press.

Fonte: Estadão Conteúdo
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