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Internacional
11/07/2017 18h56

OEA deve convocar reunião sobre crise venezuelana, enquanto protestos continuam

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, solicitou nesta quinta-feira que a entidade realize uma sessão extraordinária para analisar a crise na Venezuela. Em Caracas, o dia foi de mais protestos nas ruas e uma novo enfrentamento entre o Tribunal Supremo de Justiça e a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz.

Almagro pediu ao embaixador do Brasil José Luiz Machado e Costa que convoque a sessão nesta sexta-feira, em sua condição de presidente rotativo do Conselho Permanente. O secretário-geral fez a solicitação um dia após cerca de 200 supostos partidários do governo do presidente Nicolás Maduro invadirem a Assembleia Nacional e atacarem congressistas e funcionários, em um episódio que deixou ao menos 12 feridos.

Na tarde desta quinta-feira, houve um novo momento de tensão entre o Tribunal Supremo e Ortega Díaz. A nova vice-procuradora, Katherine Haringhton, nomeada na terça-feira pela corte, se apresentou na sede do Ministério Público para assumir o cargo. Ela não conseguiu, porém, fazer isso, já que as portas estavam fechadas.

Ortega Díaz escreveu uma mensagem a respeito em sua conta no Twitter e disse que responsabiliza a polícia política e a Guarda Nacional por "qualquer situação irregular" que ocorra contra a sede e funcionários desse organismo. A denúncia de Ortega Díaz coincidiu com a aparição de cerca de 20 guardas nacionais nos arredores da Procuradoria-Geral.

"Eu venho trabalhar todos os dias", afirmou Haringhton à imprensa. Ela trabalhou na Procuradoria-Geral durante 23 anos, até 2015, quando pediu sua aposentadoria e foi transferida para o Ministério das Relações Exteriores. A procuradora-geral se rebelou nesta semana contra o Tribunal Supremo, qualificando-o como "inconstitucional e ilegítimo".

Além disso, centenas de opositores marcharam nesta quinta-feira pelo leste da capital, em mais uma jornada de protestos. Guardas e policiais novamente reprimiram os manifestantes, para evitar que eles chegassem à sede do Tribunal Supremo. As forças de segurança lançaram gás lacrimogêneo dentro do centro comercial El Sambil, um dos maiores da capital, o que levou centenas de pessoas a fugirem rapidamente do lugar.

Também hoje, a União Europeia pediu que a Venezuela respeite os representantes eleitos, após o incidente na Assembleia Nacional. Um porta-voz da UE pediu diálogo entre as partes em conflito no país. Há quase quatro meses, o governo de Maduro enfrenta protestos quase diários, que deixaram 91 mortos e mais de 1.400 feridos. Fonte: Associated Press.

Fonte: Estadão Conteúdo
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