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Internacional
17/06/2017 12h40

Palestinos negam que autoria de ataques em Jerusalém seja do Estado Islâmico

Grupos palestinos negaram neste sábado que o Estado Islâmico seja o responsável pelos ataques coordenados na sexta-feira, que resultaram na morte de uma policial israelense de 23 anos perto da Cidade Velha de Jerusalém. Fontes do Hamas e da Frente do Povo para a Libertação da Palestina (PFLP, na sigla em inglês) afirmam que os três homens armados com facas e uma pistola automática que atacaram duas localidades da cidade quase simultaneamente eram integrantes dos dois grupos.

O Estado Islâmico havia divulgado um comunicado assumindo a autoria dos ataques. Se confirmado, seria a primeira ação direta do grupo contra Israel. No texto de uma agência de notícias afiliada, o Estado Islâmico declarou que "não será o último". "Que os judeus esperem o desaparecimento de sua entidade nas mãos dos soldados do califado", afirmou o grupo, chamando o ataque de "vingança pela religião de Deus e pelas santidades muçulmanas violadas".

"O ataque foi realizado por três palestinos, dois da PFLP e um do Hamas", declarou o porta voz do Hamas Sami Abu Zuhri, acrescentando que a reivindicação da autoria pelo Estado Islâmico tem o objetivo de criar confusão. O PFLP, um pequeno grupo radical de esquerda ligado ao presidente palestino Mahmoud Abbas, informou que os dois homens de seu grupo, de 18 e 19 anos, eram parentes e ex-prisioneiros de prisões israelenses.

Na vila de Deir Abu Mashal, perto de Ramallah, de onde seriam os três homens, parentes negaram qualquer conexão deles com o Estado Islâmico. Entretanto, fontes oficiais também declararam na sexta-feira que os ataques teriam sido perpetrados por indivíduos sem ligação formal com qualquer grupo.

O pai do rapaz de 18 anos, Adel Ankoush, disse que o filho era muito jovem para fazer parte de qualquer facção. Acrescentou que Ankoush era um devoto do islamismo e havia se afiliado a um braço não militar do grupo Salafi. Disse ainda que o filho estava se preparando para ser encanador, enquanto os outros dois estavam desempregados.

Para o advogado israelense e ex-diretor do serviço de segurança Shin Bet, Yaakov Peri, a reivindicação do Estado Islâmico pelos ataques é "absurda". "Há grandes diferenças entre o Hamas e o Estado Islâmico. Hamas quer deixar claro que está envolvido em uma batalha nacional pelo povo palestino", disse. Fonte: Associated Press.

Fonte: Estadão Conteúdo
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