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Internacional
02/09/2020 15h50

Reino Unido: Rússia tem de 'contar a verdade' sobre envenenamento de opositor

O Reino Unido se posicionou pela primeira vez e de forma contundente em relação ao envenenamento do principal oponente do presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny. "O governo russo tem um caso claro para responder. Deve contar a verdade sobre o que aconteceu a Navalny", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, por meio de um comunicado enviado nesta quarta-feira, 2, à imprensa. "Estou profundamente preocupado que Navalny tenha sido envenenado por Novichok, um agente neurotóxico usado anteriormente com efeito letal no Reino Unido", continuou.

O governo britânico decidiu fazer a declaração após um exame na Alemanha confirmar que o político foi realmente envenenado. Segundo o governo alemão, houve uma tentativa clara de matar o adversário de Putin e as autoridades locais informaram também que a União Europeia vai dar mais detalhes sobre o caso. "É absolutamente inaceitável que esta arma química proibida tenha sido usada novamente. Mais uma vez vemos a violência dirigida contra uma importante figura da oposição russa", afirmou Raab.

O ministro disse que o Reino Unido trabalhará em colaboração com a Alemanha para demonstrar que há consequências para o "uso de armas químicas proibidas em qualquer lugar do mundo". No dia 20 de agosto, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou que Navalny estava em coma, em uma UTI na Sibéria, após supostamente ter sido envenenado durante um voo de Tomsk para Moscou. Ele teria perdido a consciência já dentro do avião depois de beber uma xícara de chá no aeroporto. A aeronave fez um pouso de emergência para que fosse atendido.

Dias depois, também foi informado que médicos russos se recusaram a permitir que o líder da oposição fosse transferido para um hospital na Alemanha, depois de se saber que ele foi envenenado na Sibéria com uma "toxina mortal". O hospital é acusado pela equipe de Navalny de protelar a decisão até que a suspeita de envenenamento não possa mais ser confirmada.

Fonte: Estadão Conteúdo
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