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Internacional
12/11/2018 16h01

Seguem buscas por vítimas de incêndios na Califórnia; 31 mortos

O número de mortos do incêndio Florestal que devastou a cidade de Paradise e áreas adjacentes no norte da Califórnia subiu para 29 enquanto as equipes continuam as busca por vítimas nas ruínas. O "Camp Fire", se igualou em número de vítimas ao mais letal já registrado na história do Estado americano, depois que as autoridades anunciaram que recuperaram mais seis corpos.

Até então, o incêndio que atingiu o Griffith Park, em Los Angeles, ocorrido em 1933, era o incêndio com o maior número de mortos na história da região, de acordo com o Departamento de Bombeiros da Califórnia.

Mais 8.000 bombeiros enfrentam os incêndios florestais que já queimaram pelo menos 400 quilômetros quadrados do Estado. Em todo a Califórnia, o número de mortos chegou a 31, incluindo duas vítimas no sul.

Em Paradise, cidade de 27.000 habitantes que foi engolida pelas chamas na última quinta-feira, 14, equipes de busca trabalham em comunidades vizinhas no sopé de Sierra Nevada. As autoridades pediram ajuda para especialistas na tentativa de identificar ossos e fragmentos ósseos encontrados nos escombros.

"Esta é uma tragédia que todos os californianos precisam entender e responder", disse o governador Jerry Brown no domingo. "É um momento para união e trabalho."

A Califórnia solicitou ajuda de emergência da administração do presidente Donald Trump. Na semana passada, o presidente acusou as autoridades locais de má gestão florestal. "Não há motivos para estes incêndios grandes e mortais na Califórnia, exceto que a gestão florestal é muito ruim", disse.

Para o governador, os governos federal e estadual devem fazer mais manejo florestal sim, mas a mudança climática é a causa do problema. "Aqueles que negam estão contribuindo definitivamente para as tragédias que estamos testemunhando e continuaremos a testemunhar nos próximos anos", disse Brown.

A seca e intensificação do calor, atribuídos à mudança climática, e a construção de casas mais profundas nas florestas levaram a incêndios mais violentos e mais destrutivos na Califórnia. Embora o Estado tenha saído oficialmente de uma seca de cinco anos no ano passado, grande parte dos dois terços do norte ainda sofre com a falta de chuvas.

Celebridades

O cantor Neil Young criticou Trump por sua relutância em agir contra o aquecimento global depois de a grave onda de incêndios que atinge o Estado da Califórnia ter destruído a sua casa. Outras celebridades, como o ator Gerard Butler e as cantoras Lady Gaga e Miley Cirus também tiveram as residências consumidas pelas chamas.

"A Califórnia é vulnerável não só pela falta de cuidado com as florestas como nosso presidente quer que acreditemos", disse Young em seu site oficial. "Somos vulneráveis em razão das mudanças climáticas; esse clima extremo e as secas prolongadas são parte disso."

"Imaginem um líder que desafia a ciência, dizendo que soluções oferecidas por ela não fazem parte de suas políticas para nós", acrescentou Young. "Imaginem um líder que se preocupa mais com ele que com um povo. Um líder que não está apto."

A residência da cantora Miley Cyrus foi uma das destruídas pelo incêndio. "Totalmente devastada pelos incêndios que afetam minha comunidade. Sou uma das que teve sorte. Meus animais e o AMOR DA MINHA VIDA conseguiram sair com segurança e isto é tudo que importa agora", escreveu no Twitter.
"Minha casa não existe mais, mas as memórias compartilhadas com parentes e amigos permanecem forte" completou.

Fonte: Estadão Conteúdo
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