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26/01/2012 15h42

Liberdade Personagens que fazem nossa História - Maria Ângela do Vale Loesch

Personagens que fazem nossa História - Maria Ângela do Vale Loesch

 

Maria Ângela do Vale Loesch nasceu em 29 de maio de 1949 e veio a falecer em 18 de setembro de 2005. Seus pais eram Fernando Loesch e Carolina do Vale Loesch. Ela cresceu junto aos seus irmãos Gabriela (já falecida), Ronaldo, Gracinha e Fernando. Maria Ângela estudou em Baependi, Andrelândia e Três Corações. Foi professora da Escola Estadual José Estevão e também professora de História e diretora, durante 10 anos, da Escola Estadual Frei José Wulff.

 

Maria Ângela, com talento para muitas artes, participava de serestas e serenatas; compôs letras de música para os festivais de música cristã de Liberdade, realizados na década de 80.

 

A sua música do festival de 1987, “Anônimo dois”, foi interpretada por Terezinha Alexandre Dias Silva e ficou em segundo lugar. Essa música narra a história de uma situação muito indignante, de quando Maria e alguns amigos saíram de Liberdade para um baile em uma cidade vizinha e um de seus amigos não pôde entrar no clube porque era negro. Maria Ângela então fez com que todos que a acompanhavam saíssem do clube e retornassem para Liberdade.

 

Na mesma década, juntamente com o grupo de Adelaide Romano, Elizabete Neves, Maria de Fátima Giffoni Santos, Nanci Castro, Maria Aparecida Neves, Italo Romano, Jussy Maria da Silva e o então padre Geraldo, Maria Ângela tinha no repertório, em caráter eterno, sua música preferida “Eu sei que vou te amar”. Participou do grupo Seresteiros do Amor, que arrecada fundos para compra de presentes para as crianças no natal.

 

Liberdade, uma terra de músicos, não poderia existir sem aquelas noites inesquecíveis de serenatas tão maravilhosas. “Sereno... violão... noite... frio... vozes... Flautas... licores... luar... amor...
Criou o bloco “Bola Murcha”, que saía pelas ruas da cidade na sexta-feira fazendo a abertura do carnaval.

 

Na comunidade criada pelo seu sobrinho Ângelo, na internet, há descrições muito fiéis a esta grande mulher: “Saudade da libertense alegre, festeira, sorridente, amiga, sincera, excêntrica e talentosa. Poetisa, pintora, artista plástica e compositora.

 

Como disse Saint-Exupéry, “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. E Maria Ângela semeou tudo de bom que o ser humano pode deixar como exemplo em sua passagem pela Terra.

“Amigos eu os tive e os amei, um tanto!
Com eles ri meu riso e derramei meu pranto.
As pessoas passam a vida trocando de amigos.
Eu passo a vida pensando nos amigos que não troquei”.

Foi uma das compositoras do único samba enredo de Liberdade:



Terra de todos
[Maria Ângela do Vale Loesch]

Terra de todos como aqui não há igual.
Deixa saudade nesse canaval.
 
Quero contar sua história
ao som do meu tamborim.
O progresso está chegando
e o atraso está no fim.
 
Liberdade, ainda que tardia.
Uma terra hospitaleira
vive sua história
tipicamente brasileira.
 
No canto livre das Gerais,
terra de amor sem fim,
canta sua glória
na inspiração dos generais

No alto da Mantiqueira,
sobre a serra cor de anil.
É um pedaço de Terra
do meu querido Brasil.
 
Tem uma escola de samba,
tem folclore e coisas mil.
Tem mineiro, tem bom queijo
e cachaça de barril
 
Nossa escola já chegou
na avenida principal.
Abram alas minha gente.
Já chegou o carnaval”.

Colaboração: Rita de Cássia Rodrigues

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