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Opinião
21/08/2014 20h09

A morte de Eduardo Campos pode ser a ressurreição da direita do Brasil

Odilon de Mattos Filho

Por Odilon de Mattos Filho

No dia 13 de agosto o povo brasileiro foi surpreendido com a notícia da trágica morte do presidenciável Eduardo Campos e de mais cinco pessoas em um acidente aéreo na cidade de Santos.

Ainda no calor da tragédia, a mídia não perdeu tempo, e sob o pretexto de realizar uma ampla cobertura, instrumentalizou politicamente o acidente e começou a trabalhar a candidatura de Marina Silva como se fosse à ungida sucessora de Eduardo Campos capaz de levar as eleições para o segundo turno, abrindo assim, a possibilidade de tirar, a qualquer custo, os Trabalhistas do Poder.

A propósito, parece que a ordem é essa mesma: não perder tempo. O “Datafolha”, por exemplo, perpetrando a sordidez, e em total desrespeito à imagem de Eduardo Campos e o sofrimento da família, no mesmo dia de sua morte, realizou uma pesquisa eleitoral com desfecho pra lá de previsível: Marina empata com Aécio. Evidente que esse resultado está contaminado pela comoção popular e não retrata a realidade política. Somente após o inicio das propagandas e dos debates poderemos saber se Marina consolida os números dessa pesquisa.

Com relação ao que vem sendo noticiado a favor de Marina, pensamos diferente, pois, entendemos que a candidata com o seu proselitismo religioso exacerbado, não está nada confortável politica e pragmaticamente, pois, há um hiato muito grande entre o que ela defende e as bandeiras históricas do PSB, como por exemplo: a pesquisa com célula tronca, a união entre homoafetivos, a teoria de Darwin sobre a evolução das espécies, a Política e os Partidos como instrumentos da democracia e da cidadania, as Usinas Hidrelétricas e Atômicas, dentre outras bandeiras.

Aliás, comentando a posição contrária à Política de Mariana Silva, vale registrar os sábios comentários da Deputada Luiza Erundina PSB/SP: “...o discurso de Marina entra no senso comum de negar a Política, isso desorienta e deseduca politicamente, pois, não há Política e democracia sem Partido..”.

Já com relação aos resultados da malfadada pesquisa “boca de túmulo” do “Datafolha”, à candidatura de Marina Silva, diferentemente do que os apressados analistas apregoam, coloca em cheque a candidatura de Aécio Neves, e não da Presidenta Dilma, pelos menos essa é a leitura que se faz de tal pesquisa.

Mas malgrado essa constatação técnica, esse novo cenário nos mostra o seguinte: primeiro, está claro que a oposição e a mídia sabiam que Dilma poderia ganhar as eleições no primeiro turno; segundo, com a entrada de Marina no páreo, essa possibilidade é remota; terceiro, a mídia e a oposição tentarão levar Aécio até o fim, não conseguindo, abraçarão com “fervor” a candidatura de Marina e jogarão todas as suas fichas para derrotar os trabalhistas; e finalmente, uma constatação: a morte de Eduardo Campos pode ser a ressurreição da direita do Brasil.


Odilon de Mattos Filho
odilondemattos@ig.com.br
Andrelândia/MG

 

 

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