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Opinião
12/12/2013 16h13

A religião do laicismo

Gregório Vivanco Lopes

Por Gregório Vivanco Lopes

 

Gregorio Vivanco Lopes Faz parte da natureza humana ser profundamente religiosa. Criada por Deus, o espírito humano tem como aspiração fundamental voltar-se para seu Criador, o único capaz de completar suas lacunas, redimir suas faltas e torná-lo plenamente feliz.

Esse anseio de felicidade nunca satisfeita que existe no ser humano indica bem que ele foi feito para alcançar sua plenitude em algo ou Alguém que está fora dele.

Por isso o laicismo precisa tomar ares de uma religião do homem, diferente e oposta à religião de Deus, para tentar preencher esse vazio. Os tão propalados “direitos humanos” – embora possam conter alguma parcela de verdade – constituem em última análise uma tentativa de substituir os Dez Mandamentos da Lei de Deus.

É fato histórico que todas as civilizações que nos precederam, desde a remota Antiguidade, creram em alguma divindade. Foi nossa civilização, dita moderna, que a partir da Revolução Francesa de 1789 inaugurou uma exceção com a ferrenha implantação do laicismo dos Estados.

Desde esses infaustos dias, começou também a proliferar, em nível individual, o ateísmo, até que, no século XX, tivemos a espantosa e inaudita experiência de Estados que se proclamavam oficialmente ateus, como é o caso dos regimes comunistas.

Nascido de uma ojeriza profunda à Religião Católica da parte dos revolucionários de 1789, o movimento laicista inicialmente a colocou no mesmo patamar das demais religiões, mas aos poucos e por etapas vai mostrando sua verdadeira natureza persecutória.

Em outros termos, do laicismo se poderia dizer o que de uma corrente política argentina se disse certa vez: “uma incógnita em constante evolução”.

Nesse sentido, o laicismo é uma verdadeira religião anti-religiosa que nos dias presentes vai expondo cada vez mais claramente seus objetivos, através de uma cristianofobia das mais raivosas, mesmo quando se serve para isso de sentenças e de leis.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Obama forçou a aprovação de uma lei sobre os planos de saúde que obriga, sob penas severas, os estabelecimentos católicos e outros a promover o aborto e a contracepção. Ou seja, obriga-os a agir contra seus princípios morais.

Na França, o governo socialista francês anunciou a criação de um Observatório Nacional de Laicidade, com a deportação de cristãos e membros de outras religiões que sejam considerados portadores de uma ‘patologia religiosa’. Com este Observatório, será o governo francês que decidirá quem são os católicos ‘que se portam bem’, ou seja, que não fazem oposição às medidas imorais no País.

Laicismo religioso parece contradição, mas não é.

 

(*) Gregório Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

 

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