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Opinião
22/04/2016 10h50

Caiu a máscara do moralista!!

Por: José Luiz Ayres

Tem fatos na vida que embora saibamos existir com muita frequência, nos surpreendem talvez pelo momento que ocorrem. Certa ocasião desfrutávamos de uma jornada turística, mais precisamente à cidade de Friburgo, RJ, quando um fato como estes se fez presente no hotel que nos encontrávamos hospedados.
Um cidadão bem pra lá de cinquentão, de compleição física franzina, dotado de ampla calva e, segundo constava, viúvo desses assumidos, sempre visto, principalmente, entre as senhoras a proceder críticas veementes sobre o comportamento e a moral das pessoas, notoriamente em relações aos jovens pela liberdade abusiva demonstrada, no respeito de um modo geral, na responsabilidade dos atos praticados e óbvio em seus relacionamentos amorosos. Sua tese ainda prevalecia dos tempos idos, eras medievais e inquisitoriais, tal a obstinação com que defendia a moral e os bons costumes. Numa manhã, se deu ao desplante de intervir junto ao gerente, a reclamar que um casal de jovens que não eram casados, havia pernoitado juntos no quarto e esse procedimento não se fazia compatível com o hotel familiar, mas sim com um motel cuja reputação estava sendo arranhada.
Ao fim da tarde, o “cidadão moralista”, como de costume, deixou o hotel rumo a cidade. Àquele dia porém, não retornou ao jantar, quando após um telefonema, o gerente preocupado saiu apressado, pois fora solicitado a comparecer a DP. O motivo segundo soubemos por um dos camareiros, era identificar o falso moralista que havia sido preso juntamente com várias pessoas, por ser o pivô de um tumulto generalizado no interior de um “bordel”, pois queria abusar de outras práticas de prazer não previstas pela mundana que o servia, acabando por ser contestado pela mulher, que após um escarcéu e violento bate-boca, fora agredida pelo moralista.Com o apoio das companheiras de trabalho que foram em seu auxílio e alguns fregueses que foram a favor do agressor, o quebra pau foi total, a ponto do moralista perder as suas calças onde estavam os seus documentos. Dai à presença do gerente no intuito do reconhecimento do cidadão.
Moral da história: Nunca devemos apregoar aquilo que não somos, visando demonstrar qualidades pessoais chamando a notoriedade, quando intimamente sabemos da nossa incapacidade pelas condições estéticas, etárias e físicas e se têm a inveja como parceria inconteste. Pois, quase sempre essa máscara costuma cair deixando a descoberto o ressentimento por não ser um jovem nos dias de hoje...
Ah... esses turistas frustrados que tentam se iludir sob a capa da moralidade, mas quando são descobertos, como se tornam frustrantes e invariavelmente muito pitorescos...

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