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Opinião
26/03/2015 11h47

Causa e Efeito da telinha!

José Luiz Ayres

Na pacata e tranquila cidade de Liberdade – MG, onde nos encontrávamos, após degustar um delicioso e farto jantar num restaurante, saímos a caminhar pela cidade a curtir o local antes de regressarmos ao hotel. Ao chegarmos, optamos pela sala de TV que permanecia um tanto concorrida, talvez pela apresentação do jornal televisivo que ora se desenvolvia, quando um cidadão ao levantar-se, proferiu comentáriospertinentes ao noticiário televisivo, cujo conteúdo jornalístico em quase 70% teve na violência a sua característica marcante num sensacionalismo até de certa forma deprimente.

O cidadão talvez indignado diante de tanta tragédia na telinha, não se limitou ao pequeno comentário e desandou a falar, culpando a emissora sintonizada. Outro hóspede que como nós, ouvíamos aquele desabafo pessoal e, concordávamos em parte a critica, também se pronunciou de forma categórica contra aquilo que acabávamos de assistir, mas que infelizmente aconteceu e acontecerá no dia-a-dia cada vez mais frequente, por esse estado de coisas que vivemos, onde a impunidade se faz notória sem que se faça algo em freiá-la.

Em fim aquele desabafo deu início a outros comentários, que dada à ênfase de cada um, começou a descambar para uma acalorada discussão em clima intempestivo, no que pese o tema em si fosse comum a todos, ou seja: a violência campeando a solta de maneira desenfreada no Brasil e, quiçá mundo afora.

Nós que apenas ouvíamos aqueles veementes comentos, sem que pudéssemos nos concentrar e ouvir a novela que já se desenrolava, achamos por bem nos retirarmos do recinto indo nós posicionar a varanda.

Não demorou muito observamos pela vociferação acirrada, que o ambiente à sala de TV fervilhava e oque era um desabafo natural, agora se tornava um bate-boca agressivo cujas consequências de certo, dadas a veemências desatinadas nos apartes impostos, levariam a uma situação incontrolável com prenúncio de vias de fatos. E não deu outra, quando de repente, um corre-corre se iniciou entre gritos, histerismo, palavrões, sopapos, etc...

Com a interferência do pessoal da portaria e alguns à sala presentes, a muito custo, o furdunço foi serenado após algumas escoriações, olhos roxos, roupas rasgadas, cabelos em desalinhos e os “contendores” retirados da “arena” se sentindo talvez orgulhosos por defender suas teses contra a violência no mundo...

Aquela “baixaria”, acabou sendo por um dos agredidos, levada a queixa à DP local, onde os “contendores” se explicaram no motivo torpe do furdunço em que o delegado apenas os repreendeu e que fossem mais moderados nas suas ações intempestivas a fazer com que os agressores se cumprimentassem e promete-se a agir como civilizados. A final tinham “razões” perante o atual estado de coisas e... Foram liberados!

Moral da historia: Será que a violência gera violência, ou as pessoas se deixam violentar dada a fragilidade de espírito diante de uma imposição da mídia, que faz “dest´arte”, a violência, a elevação do seu índice de audiência televisiva.

Ah... Esses “turistas pseudos-pacifistas”, quando demonstram uma fragilidade de espírito e são tomados por ela, tentando se superar, expondo toda a sua agressividade, esquecendo-se que essa violência não leva a nada além da própria violência e, a não ser o momento lamentável que o seu âmago se apresenta e sempre nos propiciará um estante de fato pitoresco desde que não hajam conseqüências além dos limites com agressividades físicas.

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