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Opinião
21/06/2013 08h51

Celebração do Meio Ambiente

João Baptista Herkenhoff fala sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente.

por João Baptista

Herkenhoff, escritor e palestrante Brasil afora. Foi um dos fundadores e primeiro presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Vitória e também um dos fundadores do Comitê Brasileiro da Anistia (CBA/ES).

www.jbherkenhoff.com.br

 

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972. Cinco de junho foi justamente o dia em que se abriu, naquele ano, a Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. A semana que se estende até doze de junho é a Semana do Meio Ambiente.

A data solene foi criada para alcançar quatro objetivos: mostrar o lado humano das questões ambientais; convocar e capacitar as pessoas para que se tornem agentes do desenvolvimento sustentável; conscientizar indivíduos, comunidades e países para que se utilizem dos recursos da natureza sem depredá-la; estimular parcerias de todo tipo aglutinando pessoas, empresas, governos, acima das fronteiras nacionais, na busca de um meio ambiente cada vez mais sadio.

O cuidado para com o meio ambiente coere com uma específica visão de mundo e de homem, aquela que parte da ideia de que somos partícula do universo. Nosso destino como pessoa projeta-se no destino comum dos seres. Somos responsáveis pelo mundo do futuro.

Se temos uma concepção hedonista da vida, se nosso horizonte de preocupações fecha-se nos limites de nossa própria casa, se o prazer pessoal e ilimitado é nossa referência – não há razão para que pensemos em meio ambiente.

A Constituição Federal estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem essencial à sadia qualidade de vida. Determina a Constituição que cabe ao poder público e à coletividade a defesa e a preservação do meio ambiente.

Miguel Reale escreveu muito inspiradamente em suas “Memórias”: “A civilização tem isto de terrível – o poder indiscriminado do homem abafando os valores da Natureza. Se antes recorríamos a esta para dar uma base estável ao Direito (razão de ser do Direito Natural), assistimos hoje a uma trágica inversão, sendo o homem obrigado a recorrer ao Direito para salvar a natureza que morre”.

A consciência ambiental disseminada na opinião pública assume especial relevância na atualidade, para que todos sejamos guardiães da natureza, defendendo-a de agressões e esbulhos. A preservação ambiental convoca as três esferas de governo – federal, estadual e municipal. Igualmente, o compromisso com a defesa do ambiente reclama a atuação dos três poderes – legisladores que façam leis protetoras, autoridades do Executivo que estejam vigilantes, magistrados preparados para aplicar o Direito Ambiental nas suas decisões.

Embora tenha havido progresso no Brasil, no que refere à responsabilidade ambiental, creio que muito chão ainda há para percorrer. Observe-se, por exemplo, que nem todos os cursos jurídicos incluíram no currículo o Direito Ambiental. Em algumas Faculdades houve a inclusão formal da disciplina, estudada, entretanto, com displicência. Escolas que deram a merecida relevância a esse ramo do Direito merecem aplausos.

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