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Opinião
07/05/2015 09h41

Da educação

Stefan Salej

Por Stefan Salej*

Absolutamente, não há ninguém que não ache a educação uma das coisas mais importantes da nossa vida. Não estamos falando só da educação que domina as relações entre as pessoas, que às vezes beira a total falta de educação, mas da formação que nos permite empregabilidade e certo sucesso financeiro na vida. Hoje em dia é comum ouvir que os formandos, que investiram muito em estudo, inclusive do ponto de vista financeiro, não têm emprego, e as empresas queixando-se que não encontram mão de obra qualificada. Aliás, estória que se repete e cujo final parece sem fim.

Uma das razões é a dissociação dos sistemas de educação, sejam privados, municipais, estaduais ou federais, das comunidades. Escolas são do governo ou são dos donos. Mentira, as escolas, seja quem for seu administrador, são da comunidade para a comunidade. E  esta permanece mais ausente na maioria dos casos do que as chuvas na época de seca. Os conselhos dos país não funcionam na sua maioria, as lutas dos professores para a melhoria do ensino e melhores condições de trabalho não têm apoio da comunidade. Os cargos de secretários de educação são politizados e, consequentemente, todo o sistema acaba sendo politizado em vez  de prevalecer o mérito e a qualidade de ensino. A sociedade, ou seja cada um de nós, fala muito em educação, preocupação com o ensino e tudo mais, mas não me lembro que entre os mais de 150 agraciados com medalhas da Inconfidência que o Governo do Estado distribuiu em Ouro Preto no último 21 de abril tivesse algum professor.

Na área de escolas profissionalizantes, que são fundamentais para a empregabilidade dos jovens e também para as empresas, houve o Pacto Mineiro de Educação Profissional, bem preparado, orientado para uma educação que aumentasse as possibilidades de emprego dos jovens, estudo feito por uma consultoria internacional de alta qualidade, a McKinsey, com técnicos do governo, que foi posto do lado pelo novo governo. E a interrupção não foi de um estudo, mas foi da possibilidade de estudo e emprego para milhares de jovens. E alguém protestou? Ninguém!  Os sistemas de educação profissional no Estado, como o sistema S ( SENAI, SESI, SENAC, SESC, SENAT, SENAR, SEBRAE) não conversam entre si. Mesmo sendo entidades empresariais e tendo a participação de representantes dos trabalhadores em alguns dos seus conselhos, nem sempre possuem toda a excelência demandada pelo mercado, integrando seus programas.

As universidades falam muito em inovação e empreendedorismo, mas não se integram com o mercado. O que vai acontecer em Minas nós próximos 20 anos? Se as universidades, que possuem as melhores cabeças pensantes não sabem, como vamos nós, meros e humildes cidadãos, saber? Mas, também há bons exemplos, só que são poucos demais para nos dar a certeza de mais desenvolvimento.

 

*Stefan Salej* empresário, consultor internacional, ex Presidente da FIEMG e SEBRAE.

 

 

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