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Opinião
25/07/2013 16h54

O império do mal ataca outra vez

Odilon de Mattos Filho e sua opinião sobre os fatos ocorrentes.

por Odilon de Mattos Filho, de Andrelândia/MG

odilondemattos@ig.com.br

amidiaeapolitica.blogspot.com

 

Somos sabedores da histórica arrogância dos EUA e o seu obstinado desejo de serem os tutores do mundo, mesmo contra a vontade de alguns países soberanos.

Nesses últimos dias o mundo foi sacudido com notícias que desnuda, de uma vez por todas, essa soberba estadunidense.

A primeira e estarrecedora notícia foi o caso da interceptação do avião do Presidente Boliviano, Evo Morales a pedido do governo dos EUA que suspeitava que estaria a bordo da aeronave o técnico em informática e ex-agente da CIA, Edward Snowden, procurado como um traidor da pátria ianque, mas que na verdade trata-se de um cidadão que prestou um elevado serviço ao mundo, denunciando um criminoso sistema arapongagens do governo do seu país.

Aliás, sobre esse fato ocorrido com o Presidente Venezuelano, há que se registrar o covarde e inaceitável silêncio da diplomacia brasileira frente essa gritante violação das regras do direito internacional.

A segunda notícia que abalou o mundo foram as revelações do ex-agente da CIA, Edward Snowden de que o EUA montara um poderoso esquema de vigilância e monitoramento de telefones e dados de internet do mundo todo. Segundo a denúncia, somente no Brasil foram monitorados mais de um bilhão de mensagens da internet e telefônicas.

De acordo com o post publicado no sitio “Opera Mundi” “algumas das empresas mais conhecidas e importantes da internet foram obrigadas a cederem dados de clientes para o governo dos Estados Unidos. Entre as companhias que tiveram seus sistemas acessados pela Agência de Segurança Nacional/NSA, estão Google, Facebook, Microsoft, Yahoo, Skype e YouTube.

Frente a essa criminosa arapongagem estadunidense, não pairam dúvidas de que a nossa soberania corre sério risco, e não podemos nos esquecer que parte do sucesso dessa espionagem no Brasil veio com as seguidas políticas de submissão do governo brasileiro ao “império do mal”, fato, que curiosamente, vários Presidentes, em especial,  FHC disse não conhecer. No entanto, o Jornalista Bob Fernandes joga por terra esses falsos argumentos presidenciais, quando afirma: “O ex-presidente FHC diz que nunca soube de espionagem da CIA no Brasil, porém, entre março de 1999 e abril de 2004, publiquei 15 longas e detalhadas reportagens na revista CartaCapital sobre o tema. Documentos, nomes, endereços, histórias provavam como os Estados Unidos espionavam o Brasil. Documentos bancários mostravam como, no governo FHC, a DEA, agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas, pagava operações da Polícia Federal. Chegava inclusive a depositar na conta de delegados, porque aquele era um tempo em que a PF não tinha orçamento para bancar todas operações e a DEA bancava as de maiores dimensão e urgência. A CIA, pagou uma base eletrônica da PF em Brasília, até os tijolos...Para trabalhar nessa base, até o inicio da gestão do delegado Paulo Lacerda, em 2002, agentes e delegados da PF eram submetidos ao detector de mentiras nos EUA ..Carlos Costa chefiou o FBI no Brasil por 4 anos. Em entrevista de 17 páginas, em março de 2004, revelou: serviços de inteligência dos EUA haviam grampeado o Itamaraty. Empresas eram espionadas. Nem o Palácio da Alvorada escapou”.

Mas a audácia dos estadunidenses não para por aqui. Parlamentares pressionaram o Presidente Obama para ameaçar com sanções econômicas e comerciais os países latino-americanos que derem asilo político ao ex-agente da CIA, Edward Snowden. Queremos ver se essa ameaça vai se concretizar contra a Rússia, onde está o ex-agente.

Outra denúncia de espionagem, e essa com um espião especial e global, fora postado no “JB on line”. Documentos do Wikileaks apontam o jornalista da Rede Globo William Waack, como um importante “colaborador” dos interesses do governo dos EUA. Segundo a matéria do JB, “um dos documentos é sobre a visita de um porta-aviões dos Estados Unidos em maio de 2008. Na ocasião, a Embaixada Americana classificou como positiva a repercussão na mídia do evento, citando William Waack diretamente por ter ajudado a mostrar o lado positivo das relações do Brasil com os Estados Unidos em reportagens para o jornal O Globo. Os outros dois documentos são sobre informações repassadas por Waack a representantes americanos sobre as eleições presidenciais do ano passado”.

Diante de tudo isso, fica claro o poderio de espionagem dos ianques e a imperiosa necessidade de uma imediata ação dos organismos internacionais contra os EUA. Ao governo brasileiro cabe tomar duras e firmes providências na área diplomática, exigir uma melhor preparação da Polícia Federal e da ABIM contra esses ataques de espionagens e construir um sistema de satélite próprio para nos preservar. Somente com essas e outras medidas avançaremos como um país livre e soberano.

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