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Opinião
18/10/2012 10h31

Opinião Na Fumaça do Trem - Valeu, Aiuruoca. Obrigado por existir

Na Fumaça do Trem - Valeu, Aiuruoca. Obrigado por existir

Folheando o nosso jornal interessado nos assuntos e reportagens inerentes à região, ao virar uma das páginas deparei-me com a matéria alusiva aos 306 anos de Aiuruoca, MG, que em muito veio a me proporcionar o engrandecimento cultural sobre a formação deste relicário desconhecido da maioria do povo brasileiro; ou seja, que são as origens das nossas cidades interioranas e suas histórias. No caso específico a criação do arraial de Aiuruoca em 1706 e que em 1724 por alvará régio, tornou-se Distrito Judiciário Subordinado à Comarca do Rio das Mortes. Como vila, passou então à categoria de cidade ao desmembrar-se de Baependi em 1834.

Em seguimento à pagina seguinte, vimos fotos ilustrativas, como postais, a desfilarem seus deslumbrantes pontos atrativos a mostrar toda a exuberância que é constituída a magnífica região a atrair ao turismo ecológico encravado dentro dos limites APA da Mantiqueira, reserva da Biodiversidade no parque Estadual da Serra do Papagaio, a nos maravilhar tal o visual exposto pelas objetivas das câmeras fotográficas nos ângulos escolhidos pelos profissionais do jornal a relatá-los.

Curtindo o material fotográfico, lá estava entre as belezas, em foto menor, a velha e preservada estação ferroviária que outrora foi o marco principal como impulsionadora no processo de desenvolvimento ao progresso da cidade e, óbvio, ao seu crescimento a tornar-se definitivo a perpetuar-se como cidade e não apenas mera localidade estagnada no tempo.

Apreciando a foto, me pus como se entrasse à maquina do tempo, em devaneios, a imaginar e discorrer como teria sido a reação da população quando passou a ver trilhos sendo assentados invadindo a periferia, o prédio da estação ser construído, enfim, toda aquela movimentação tanto sonhada por seus munícipes, a ter certeza que não seriam mais uns esquecidos e perdidos na imensidão do Brasil. Como teria sido a primeira viagem com os apitos ecoando ao ar envolvendo a cidade com a chegada do trem à plataforma a dar a localidade em definitivo, o “estatus” de cidade. Afinal a realidade estava ali, sobre os trilhos e no prédio da estação, a trazer emoção pelo sentimento da cidadania a envolvê-la numa integração empreendedora a sair do marasmo, cuja perspectiva sombria de um futuro incerto, cada vez mais se evidenciava.

A ferrovia seria e foi na verdade, a mola propulsora aos aiuruocanos e circunvizinhança a dar a região um polo importante de desenvolvimento ao Sul de Minas, no escoamento de suas; até então, produtividades precárias limitadas ao consumo local e restrito, sem que houvesse o estímulo ao crescimento visando sua ampliação, pela falta de um apoio logístico arrojado a dar suporte necessário aos produtores num todo, a se expandirem em seus negócios. E nisso a estrada de ferro foi a alavanca essencial.

Hoje ao olhar a foto, onde o lendário prédio de construção clássica se apresenta em destaque envolvido à beleza da cidade, que permanece restaurado e preservado graças a pessoas dotadas de civilidade e bom senso, cuja consciência acima de tudo é resguardar patrimônios históricos e engrandecer os acervos os quais fazem parte da historia da graciosa Aiuruoca (Casa do Papagaio) e que hoje se diversifica se projetando no cenário nacional como potência de importância na cadeia turística, a oferecer aos brasileiros que lá vão em busca do ecoturismo, um prazer sem precedentes.

Parabenizando-me não só pelos três séculos, mais precisamente 306 anos, estendo meus cumprimentos aos meus irmãos aiuruocanos, pela maneira o qual vêm se dedicando a sua cidade a nos presentear com está belíssima matéria a nos convidar; a visitar, curtir e desfrutar deste impressionante visual retratado pela equipe do nosso jornal Correio do Papagaio à edição de 13/09/2012.

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