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Opinião
05/09/2013 09h06

Quando o não é uma forma de amor

Daniele Vilela Leite

por Daniele Vilela Leite, orientadora educacional na empresa Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br); com grande experiência em trabalhos relacionados à Educação.

daniele.leite@vitae brasil.com.br

 

Quando pensamos em educação dos filhos, parece que é uma coisa simples e fácil, que desenvolvemos na prática do dia-a-dia, mas infelizmente não é assim que funciona.

A responsabilidade que temos em relação à educação de uma criança é um grande desafio. Ela tem início já na gestação e nos primeiros meses depois do nascimento. O cuidado com alimentação, higiene, saúde, sono e outros fatores fazem parte da educação, pois desde então estamos ensinando aos nossos filhos amor, ética, responsabilidades e valores.

Conforme a criança cresce, além de todos os cuidados que devemos ter, é função dos pais e/ou responsáveis impor limites. Com isso, entra em cena o temido “NÃO”. Uma palavra tão pequena, de apenas três letras, mas como é difícil dizê-la; mais difícil ainda é manter-se firme na decisão negativa!

Em razão de trabalhos e afazeres diários, muitos pais não veem seus filhos praticamente o dia todo e, como forma de suprir essa ausência, permitem a eles fazer o que quiserem, pois se sentem culpados por não participar da rotina das crianças. Isso sem contar com o receio que pais muitos têm de serem tachados de “autoritários”, “conservadores”, com medo de reproduzir a educação repressiva que receberam. Com isso, acreditam que estão educando adequadamente.

Portanto, o não às vezes é necessário, mas alguns cuidados são necessários. Pense bem antes de negar algo ao seu filho. Uma vez decidida, a imposição deve ser mantida. Ceder ao choro ou à chantagem fortalece ainda mais a criança, que cada vez mais irá insistir, chorar, fazer birra, pois ela sabe que, ao final, conseguirá o que deseja. Ela está te testando. Ceder é a fórmula para a criança crescer achando que as pessoas estão no mundo para realizar seus desejos. 

Outra coisa importante: pai e mãe devem sempre estar de acordo em relação às decisões sobre os filhos. Quando não houver consenso, o casal não deve discutir na frente da criança. Se ela perceber que os pais não estão se entendendo sobre determinada situação, ganha ainda mais força para aquilo que deseja, pois percebe a vulnerabilidade deles.

A maior dificuldade nisso tudo é que fazer a criança entender que, enquanto ela ainda é pequena, pode ter (alguns) de seus desejos satisfeitos, mas que, na escola e, futuramente, no trabalho, as coisas não serão assim.

Na escola, a criança se socializa mais rapidamente e acaba aprendendo que existem outras crianças no mesmo espaço e que regras e limites são necessários. Devemos lembrar que a escola é um aliado, e não uma substituição dos pais.

Lembre-se: o “não” também é uma forma de amor! Dizer não aos filhos é um modo de demonstrar amor e carinho, além de ensiná-los que a vida impõe limites o tempo todo, querendo eles ou não. Com isso, eles serão poupados de maiores sofrimentos por serem “mimados” ou “imaturos” e, nos momentos de decepções e frustrações que surgirão ao longo de suas vidas, saberão como lidar e conduzir da melhor forma essas situações.

E você, está sabendo impor limite aos seus filhos?

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