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Opinião
26/03/2019 09h09

Uma retidão bem sinuosa!

Por José Luiz Ayres

Por José Luiz Ayres

Numa ocasião na cidade de Três Corações, participávamos da solenidade de premiação do Concurso Literário de Contos, - no qual obtive o “beneplácito” da comissão julgadora em ser um dos premiados – e dada à importância do evento, alguns escritores haviam sido convidados a proferirem palestras.

Encerrada a festividade, retornamos aos nossos afazeres, ou seja, curtir o que a vida de melhor nos oferece: fazer turismo.

No hotel, enquanto programávamos “incursões desbravadoras” para conhecer novas localidades, seus costumes e patrimônios, resolvemos permanecer o fim de semana na cidade, mesmo porque, fomos incluídos no grupo de doutos literários a desfrutar do convívio das ilustres celebridades das Gerais.

Após passarmos o sábado a percorrer os pontos turísticos da famosa Três Corações, um fato desagradável verificou-se ao término da manhã nos entristecendo. Um dos recomendados escritores, inclusive o palestrante principal da cerimônia, de personalidade e conceito familiar ilibado, se sentiu indisposto e teve de retornar ao seu hotel, comprometendo-se a estar presente no jantar de encerramento.

À noite, no local determinado, nos juntamos ao grupo, que no hall do restaurante ficamos aguardando os demais participantes. Com o decorrer do tempo, faltava o personagem principal, o tal que se retirara pela manhã alegando indisposição. Visando dar início à confraternização, fomos nos acomodando à mesa, enquanto o responsável do grupo procurava comunicar-se com o ausente pelo telefone. De retorno, preocupou-nos informando que o mesmo deixara o hotel no início da tarde no seu veículo e, até o momento, não havia retornado. O jantar é óbvio transformou-se em comentários e conjecturas, previsões sombrias pela ausência estranha do ilustre cidadão, sugerindo até providências policiais ao contingente da PM local.

Quase ao final do tedioso jantar, vem a notícia através do sargento: o cidadão fora localizado e devido a uma determinada ocorrência deixara a cidade. Pois bem, o “procurado”, havia ido ao motel acompanhado pela camareira do hotel onde nos hospedávamos todos; mulher do segurança noturno, que teve uma crise aguda epilética pela ingestão de bebida alcoólica misturada ao seu remédio de manutenção. Em consequência disso permaneceu em choque durante horas sendo removida para o posto médico, depois do apavorado cidadão ver que não a reanimava.

Agora já recuperada e preocupada diante do complicado momento adulteroso e da ira do marido “chifrudo” em querer saber quem era o “outro”, o cidadão prevendo o escândalo inevitável, deixara a cidade às pressas...

Moral da história: de onde menos se espera, surgem as verdades a atropelar as mentiras nas raias da vida...

Ah...esses “Turistas ditos ilibados Cidadãos” quando se veem diante de situações que denigrem sua retidão de integridade, vendo sucumbir à dita honradez tão apregoada através de um falso escudo familiar, tornam-se verdadeiros cretinos que não deixam de nos presentear com cenas e instantes bem pitorescos, sem fazer alusão a uma de suas obras literárias sob o título: As fraquezas da vida...

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