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Política
19/04/2017 13h48

Estou muito mais preparado agora, mas eleição é só em 2018, diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 19, que está mais preparado para as questões nacionais do que estava em 2006, quando disputou a eleição presidencial e perdeu para o então candidato à reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pretenso candidato tucano para disputar as eleições ao Planalto em 2018, Alckmin disse que era mais difícil vencer Lula em 2006 porque o PT estava no auge e o ex-presidente era o maior líder do País. Alckmin também afirmou que é mais difícil concorrer com alguém que é candidato a reeleição.

"Perdi em 2006 e quero reiterar aqui: eu acho que eu não estava preparado", disse o governador, afirmando que o Brasil é um país complexo pelo seu tamanho e quantidade de partidos. "Eu acho que eu estou muito mais preparado hoje em relações às questões do País, às questões nacionais, mas tudo isso eleições é no ano que vem."

As declarações foram dadas após Alckmin participar da inauguração no novo Fórum de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.

Para ele, a eleição em 2006 foi desigual porque Lula já era presidente e disputou o pleito no cargo. "Alguém que não está disputando no cargo tem que renunciar nove meses antes da eleição, o outro disputa no cargo. Disputei contra o Lula naquela época que o PT estava com tudo, com a bola toda, o Lula era o maior líder brasileiro e ganhei a eleição no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima", disse o governador.

Perguntado sobre como vai convencer a Executiva Nacional do PSDB, que é presidida pelo senador Aécio Neves (MG), a realizar as prévias, como defende, Alckmin disse que a escuta coletiva quando há mais de um candidato está prevista no estatuto do partido. Aécio é outro tucano que também disputa a indicação da legenda para a disputa presidencial. "Quanto mais você ouve, menos você erra", disse Alckmin. Ele afirmou ainda que "democracia começa em casa".

Defensor de uma reforma política que diminua a quantidade de partidos representados no Congresso, o governador falou que o País precisa ter menos legendas. "Hoje o cara muda de partido. Não me dá legenda, eu pulo para outro. No futuro, vai ter três ou quatro partidos", declarou.

Delações

Alckmin voltou a se defender das acusações de que teria recebido recursos ilícitos em campanhas, como foi falado por três executivos da Odebrecht em delação. Afastando eventuais acusações de enriquecimento ilícito, o tucano disse que seu patrimônio atual é menor do que no passado. Alckmin disse que está com a consciência "absolutamente tranquila" e que a Justiça vai responsabilizar os culpados e inocentar os inocentes.

"Eu tenho 40 anos de vida pública. Não recebi na minha vida um centavo que não tenha sido lícito. Aliás, tenho vida pessoal modesta. O meu patrimônio é menor do que era no passado", disse o tucano.

Três delatores da Odebrecht afirmaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o governador usou um cunhado para pegar R$ 10,7 milhões do setor de propinas da empreiteira a pretexto de contribuição eleitoral - R$ 2 milhões no ano de 2010 e R$ 8,3 milhões no ano de 2014, todas somas não contabilizadas.

"É preciso ter cuidado com essas coisas. Nós vivemos num País republicano, todos são iguais perante a lei. Há uma delação, delação não é prova. Há uma delação, apura-se", declarou o governador. "Nós confiamos na Justiça. A Justiça vai responsabilizar quem é culpado e vai inocentar quem é inocente."

Alckmin poderá ser investigado se o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir abrir o inquérito com base no pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo informou a assessoria do STJ ao Broadcast Político, os pedidos da PGR ainda não chegaram na corte e estão sendo processados no Supremo.

Secretários

Sobre os secretários de seu governo que foram citados nas delações, o governador disse que conversou com eles e que são "ótimos secretários e os melhores secretários", citando Arnaldo Jardim (Agricultura) e Rodrigo Garcia (Habitação). O tucano reforçou que é preciso apurar o que foi falado nas delações em relação a eles.

Fonte: Estadão Conteúdo
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