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Política
16/10/2017 23h20

PSB vai tentar destituir líder pró-Temer, apesar de decisão desfavorável

Diante da decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal de manter a liminar proibindo que o PSB expulsasse integrantes do partido nesta segunda-feira, 16, o diretório nacional da sigla convocou uma nova reunião para a próxima semana e recomendou que a bancada da Câmara destitua a líder Tereza Cristina (PSB-MS). A deputada é da ala favorável ao presidente Michel Temer.

Segundo o presidente do partido, Carlos Siqueira, "há um grande constrangimento" na bancada, pois a maioria dos 36 deputados do PSB seria a favor do prosseguimento da denúncia apresentada contra o peemedebista. "Queremos um líder que cumpra as decisões do partido, que represente o partido, que represente a posição majoritária da bancada, que é favorável à apuração dos crimes que é acusado do presidente Michel Temer", disse.

Deputados que são contra Temer já começaram a coletar assinaturas para tirar Tereza da liderança. É necessário que a maioria - 19 deputados - apoie a decisão. A ideia é que o novo líder faça mudanças na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para que todos os deputados do PSB votem a favor do prosseguimento da denúncia colegiado. O partido tem direito a quatro cadeiras na CCJ.

De acordo com Siqueira, se não fosse a decisão da Justiça, o diretório nacional
teria votado pela expulsão da líder do partido na Câmara, dos deputados Danilo Forte (CE) e Fabio Faria (MT), e do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia). A sigla abriu processos internos contra eles e outros nove deputados que votaram a favor da reforma trabalhista na Câmara.

"Estão todos convidados a procurarem partidos com o qual tenham mais afinidade. O PSB não pode ser transformado em um partido de natureza liberal conservadora. Temos uma longa história na vida republicana e temos que honrar essa história", afirmou.

À tarde, o grupo ameaçado de expulsão conseguiu uma liminar para proibir a realização da reunião do diretório nesta segunda-feira. O partido recorreu, mas, à noite, o desembargador Flávio Renato Jaquet Rostirola, do TJ-DF, manteve a decisão do juiz da primeira instância.

Para Siqueira, no entanto, a liminar foi um "excesso de formalismo", já que a Justiça não permitiu a realização da reunião por entender que o diretório descumpriu o estatuto da sigla, que determina o prazo mínimo de oito dias de antecedência para a publicação da convocatória do encontro.

Fonte: Estadão Conteúdo
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