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29/12/2017 09h07

Alzira Penna Gamma

Nossa gente, nosso orgulho

Por Teresinha Maria Silveira Villela


Américo Penna Filho e Ana Monteiro Penna tiveram sete filhos: Luiza, Cândida (Doca), Maria de Lourdes, Alzira, Laura, Américo e Terezinha.
Alzira, a terceira filha, nasceu a 17 de fevereiro de 1926, em Silvestre Ferraz, hoje Carmo de Minas.

Em 1936, seus pais transferiram-se para São Lourenço para que os filhos pudessem continuar os estudos. Alzira foi matriculada no Grupo Escolar Melo Viana. Ao término do curso primário ingressou na Escola Normal Santa Úrsula, dirigida pelas Irmãs Ursulinas. Recebeu nessa escola uma ótima formação profissional o que lhe garantiu o reconhecimento de seus alunos que nunca a esqueceram.

Sua mãe, dona Nica e as irmãs Luiza, Cândida e Lourdes já eram professoras e Alzira seguiu o ideal desta família que muito contribuiu para formação dos jovens e crianças por mais de três décadas.

Alzira lecionou por algum tempo na Escola Paroquial Nossa Senhora de Fátima, mas ao ser nomeada pela Secretaria de Educação de Minas Gerais, retornou ao Melo Viana, onde permaneceu até sua aposentadoria. Alzira sabia dosar docilidade e energia, ouvir com paciência e orientar com sabedoria seus pequenos alunos dos quais sempre recebia visitas, cartas e carinhos.

Convidada pela Inspetora Regional de Ensino, Maria Aparecida Luz Cabizuca, para assumir o cargo de Inspetora Municipal, aceitou e fez um ótimo trabalho durante os anos que à Inspetoria se dedicou.

Nascida numa família católica, no seio da qual recebeu boa formação religiosa, Alzira dedicou-se à Igreja integrando o Coro Paroquial, pertenceu a Pia União das Filhas de Maria e mais tarde abraçou por ideal a Ordem Franciscana Secular, e foi membro atuante da FAP (Federação Associativa Paroquial).

Alzira fez parte da equipe organizadora do primeiro Ciclo de Formação Cristã, em 1971, e participou dos Encontros de Jovens e da Comunidade Palavra de Deus, tornando - se também Ministra da Eucaristia.

Sempre disponível, sua presença foi importante nas festas da Matriz ou da Igreja Nossa Senhora de Fátima, revezando-se na cozinha ou no salão servindo as mesa.

Preocupada com a parte social das mães e crianças foi voluntária no antigo Posto de Puericultura do qual também foi Presidente. Participou da fundação da Casa dos Meninos ao lado do Dr. José Celso Garcia, Maria Lúcia Garcia e outros.

Fundou o Clube dos Engraxates e dos Vigilantes Mirins que, uniformizados, dedicavam se à guarda de carros em frente ao Parque das Águas e dos hotéis. Sua preocupação era fazer dos meninos pessoas responsáveis e honestas. Fundou a Associação das Donas de Casa, tendo sido Presidente da entidade.

Sentindo a carência das famílias dos Bairros Carioca e Nossa Senhora de Lourdes, conseguiu donativos e construiu tanques comunitários para amenizar o trabalho das lavadeiras da época.

A política sempre a fascinou. Como suplente de Vereador, quando ocupou o cargo foi atuante e batalhadora.

Em 1977 casou se com Paulo Gamma, funcionário estadual. Não tiveram filhos, mas, com o falecimento do marido, assumiu o papel de verdadeira mãe dos enteados.

Alzira era tia coruja! Adorava os sobrinhos e afilhados. Seu grande sonho era receber o título de Cidadã Honorária de São Lourenço, sonho este realizado através da Vereadora Maria Bernadete Guimarães numa festa de emoções carinho e homenagens.

Colunista do São Lourenço Jornal, levava ao público notícias dos Sãolourencianos ausentes, jamais deixando passar sem uma palavra amiga os casamentos, formaturas ou aniversários dos inúmeros amigos que tinha.

Alzira e Suraia Gannam foram credenciadas a assumirem a responsabilidade do São Lourenço Jornal, depois que fizeram o curso de Jornalismo Assis Chateaubriand, no Rio de Janeiro e conseguiram registro do órgão competente.

Representou o PROCON quando o órgão ainda não havia sido instalado na cidade.

Foi homenageada pela Escola Municipal Melo Viana, da qual recebeu placa comemorativa.

Alzira era uma pessoa simples e boa, alegre e comunicativa. Mereceu o carinho e respeito da cidade que a recebeu como uma filha querida que só a engrandeceu. Alzira foi uma pessoa feliz e realizada. Distribui felicidade por onde passou.

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