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Regional
04/05/2018 10h46

Entrevista Exclusiva com Leonardo Sanches

Durante a entrevista o chefe do executivo voltou a reafirmar a austeridade fiscal como uma prioridade.


O prefeito Leonardo de Barros Sanches concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Correio do Papagaio (JCP). Durante a conversa, o JCP questionou o chefe do executivo sobre a situação financeira da prefeitura, servidores, plano de governo e a relação com o poder legislativo municipal.

O chefe do executivo respondeu todas as perguntas e mostrou, sem falar em números, a realidade financeira, que não é somente de São Lourenço, mas da grande maioria dos municípios brasileiros. Ele mostrou como está fazendo economia e, ao mesmo tempo, valorizando os servidores concursados do município.

Ao falar sobre a relação dele com os parlamentares municipais, deixou claro que não vai se candidatar a prefeito nas próximas eleições. Segundo Leonardo Sanches, esse é um dos fatores que contribui para a boa relação que tem a Câmara Municipal.
 

Jornal Correio do Papagaio: Qual a situação financeira da prefeitura?

Prefeito Leonardo Sanches: A situação financeira é muito ruim. A prefeitura está com o INSS atrasado e várias coisas terão que ser colocadas em dia. Não há nenhum culpado. É uma característica de vários municípios a exemplo de Pouso Alegre, Varginha e Guaxupé. O Estado deve para a saúde em São Lourenço R$ 14 milhões. O dinheiro do IPVA que era para estar no município em fevereiro, dizem que vão pagar agora em maio. A expectativa de repasse do Estado é cada vez pior. O repasse do Estado para o Centro de Especialidades Odontológicas está atrasado há 1 ano e 4 meses. Se os municípios da região não entrarem com dinheiro para equiparar isso, vamos atender somente São Lourenço.

JCP: Qual é a arrecadação e o gasto de São Lourenço?

L.S.: A arrecadação da cidade não é ruim. A prefeitura arrecada bem. O grande problema está nos gastos. O que estou fazendo é cortando vários gastos. Estou só no começo do processo. Arrecadar mais é difícil, mas eu consigo gastar menos. Costumo fazer uma analogia bem simplista, mas que resume bem essa situação. Na sua casa, se você começar a gastar mais do você está ganhando, você segura um ou dois meses. Atrasa uma conta de luz, de água e a prestação do seu carro. Chega uma hora cortam a sua luz, a sua água e vão tomar seu carro.

JCP: Durante a coletiva concedida logo após assumir o cargo de prefeito, o senhor disse que enxugaria a folha de pagamento. Já conseguiu reduzir o número de servidores?

L.S.: Comecei a redução. Como falei na coletiva tudo será feito em partes. Vou lançar uma nota e vou na rádio para falar de todo o básico que conseguimos cortar. Isso, a princípio, já é uma economia bem grande. Com a segunda reestruturação que eu vou fazer uma economia de dinheiro ainda maior. Aqui na prefeitura foram criadas várias comissões. Essas comissões analisavam diversas situações. Muitas delas são desnecessárias. Desde o final de 2015 e começo de 2016 até o momento foram gastos mais de R$ 300 mil nessas comissões. Por exemplo, roubaram uma televisão. Faz uma comissão para analisar o roubo da televisão. O valor que se paga nessa comissão, é maior que o valor da própria televisão. Vou mandar um projeto de lei para a Câmara Municipal para tentar uma alteração na Lei 02 porque há muitas diretorias e assessorias desnecessárias. Tudo isso custa muito aos cofres públicos.

JCP: Já existe um plano de governo ou uma meta para depois que colocar essas contas em dia?

L.S.: Tenho algumas prioridades minhas que quero colocar o mais rápido possível. Alguns exemplos são a revitalização da Praça Brasil. Quero trocar a iluminação, deixar estrutura bacana para o Forró na Praça e pintá-la. Queremos implantar um projeto adote uma praça onde a população estará inserida para ajudar a cuidar. Muitas pessoas já vieram atrás de mim falando que querem ajudar. Tem algumas ruas importantes da cidade que a gente já conseguiu verba para arrumar, a exemplo da Otto Jargow. Em uma parceria com o próprio SAAE, a gente está vendo o que consegue para melhorar o nosso calçamento. Hoje, nenhum prefeito pode prometer nada. Se você fizer o “feijão com arroz bem feito” e tiver a união do executivo, legislativo e com a própria população a gente pode fazer coisas boas para a cidade.

JCP: Como está a relação do chefe do executivo com o legislativo?

L.S.: Eu tenho um relacionamento bom com todo mundo. Não tenho rivalidade e nem ódio político com ninguém. Passou da hora de acabar com essa rivalidade. O que for bom para a cidade, como eles vão contra? Cada um tem votar de acordo com a sua consciência e buscar o melhor para a cidade. O relacionamento pessoal e político são bons, porque eu não tenho adversários políticos. O fato de eu não ser candidato à reeleição, não pleitear, isso deixa minha relação mais favorável ainda.

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