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30/08/2018 12h44

Operação Bandeira Suja combate o furto e venda de gasolina da Petrobras em postos do Sul de Minas

Gasolina furtada da refinaria em Betim era enviada para São Lourenço, Elói Mendes e Pouso Alegre

Foto: Polícia Militar/divulgação

Posto São João, em São Lourenço, teve as bombas lacradas pela polícia

Por Mariana Menezes

Na manhã desta quinta-feira (30) foi deflagrada uma operação, denominada Bandeira Suja, para combater o furto e a venda de gasolina da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim (MG) por uma organização criminosa com ramificação interestadual.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a organização criminosa furtava a gasolina da Regap, por meio de dutos que foram estrategicamente instalados em Mário Campos (MG). O promotor Luiz Felipe Sheib explicou que os criminosos usavam uma técnica conhecida como trepanação. "Na prática, eles identificam onde passam os dutos da refinaria, alugam algum imóvel ali perto e instalam válvulas diretamente nos dutos da Petrobras e ali fazem a subtração do combustível", disse.

Depois, o combustível era armazenado em um galpão em Betim e transportado para o Sul de Minas Gerais, através de caminhões-tanque, sendo vendido posteriormente para cinco postos (quatro sem bandeiras), sendo uma rede de três postos na cidade de São Lourenço, um deles o Posto São João, um em Pouso Alegre e um em Elói Mendes.

Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, 14 em Minas Gerais e seis em São Paulo, além de 10 mandados de prisão (oito em MG e dois em SP), entre eles, dois donos de redes de postos de gasolina no Sul de Minas, sendo um de São Lourenço. Foram apreendidos veículos de luxo, caminhões utilizados no transporte do combustível furtado e uma aeronave, cujo valor é de aproximadamente R$ 1 milhão.

As investigações, que contaram com o trabalho do setor de inteligência do MPMG, começaram em março deste ano. A estimativa é que 40 mil litros de gasolina (sem mistura) estavam sendo furtados por semana. O prejuízo estimado à Petrobras em cinco meses de investigação é de R$ 3,8 milhões e R$ 1 milhão de impostos não recolhidos em Minas.

O combustível vendido no Sul de Minas será alvo de fiscalização do Procon-MG e da Receita Estadual. O foco do Procon-MG é a qualidade do combustível vendido nos postos onde a gasolina furtada era comercializada e o possível prejuízo causado aos demais postos de combustíveis situados nas cidades investigadas. Já a Receita investigará a questão da sonegação de impostos.

Além do Gaeco local, a operação conta com a participação das Polícias Civil e Militar de Minas Gerais e apoio dos Gaecos de São Paulo e da Bahia.

Com dados da Assessoria do Ministério Público de Minas Gerais e G1

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