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Regional
25/03/2017 11h55

São Lourenço vai às ruas novamente contra a Reforma da Previdência

Alunos e professores da Rede Estadual distribuem informativos no centro da cidade

Manifestantes protestam no centro da cidade/Foto: Marina Ibba

Na manhã de sexta-feira, 24, o centro da cidade de São Lourenço teve as ruas ocupadas por professores e alunos da Rede Estadual de Educação em manifesto contra a Reforma da Previdência e também a terceirização generalizada aprovada pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira.

A primeira manifestação da cidade, na quarta-feira 15 de março, foi uma iniciativa dos professores da Rede Municipal que aderiram à paralisação nacional que movimentou as capitais de todo o país. Em 1917 aconteceu a primeira Greve Geral do Brasil e hoje, 100 anos depois, o professor de história e geografia na Rede Estadual, Paulo Geovani de Almeida fala sobre a manifestação. “Hoje nós saímos às ruas com os alunos porque eles apoiam a greve e sabem que a nossa luta também é por eles. Nós estamos lutando contra a terceirização e a Reforma da Previdência. Se fizermos as contas para a aposentadoria, os alunos de hoje teriam que entrar no mercado de trabalho aos 16 anos, para contribuir por 49anos e aposentar integralmente aos 65 anos de idade” relata.

Sarah Melissa Xavier tem 15 anos e fala sobre participar da mobilização. “Eu vim lutar por um direito que é meu porque se a gente não parar agora, não para nunca mais. Porque trabalhar quase cinquenta anos, você vai ter que pagar o seu velório com a sua aposentadoria, não é?”.

Matheus Kelvyn de Lima Neri tem 17 anos e afirma que não vai parar de manifestar até que conquiste seus direitos. “Eu estou protestando com meus colegas de classe contra a Reforma da Previdência porque isso é uma injustiça. Eu acredito no potencial dessa manifestação e a gente não vai parar, se os professores pararem nós vamos parar a escola”, declara o estudante. Matheus destaca ainda a importância dos professores e conta que pensa em lecionar, futuramente. “Nós temos que valorizar nossos professores pois sem eles nós não somos nada”, afirma.

O professor Paulo destaca também a possibilidade de estar com seus alunos e colegas de trabalho em uma “aula” nas ruas. “Eles estão tendo a oportunidade de viver hoje aquilo que ensinamos em sala de aula. Gostaria de destacar também que temos hoje, além das escolas de São Loureço, a participação de duas escolas de Carmo de Minas, dos alunos de Soledade de Minas. Todas as escolas unidas nesse movimento em prol dos nossos direitos”, finaliza.

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