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Sexta Feira, 19 de Abril de 2024
São Lourenço
11/01/2019 11h16

Jovens de São Lourenço promovem encontro “Somos Todos Coloridos”

Evento acontecerá no domingo, dia 13, às 16 horas na Praça Brasil

O Brasil é o país que mais se assassina LGBTs no mundo.

Conforme dados levantados pela Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (ILGA), o Brasil ocupa o primeiro lugar em homicídios de LGBTs nas Américas. Além disso, é também o país que mais mata travestis, mulheres transexuais e homens trans do mundo, segundo a organização não governamental Transgender Europe (TGEU).

Um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade que levanta dados sobre assassinatos da população LGBT no Brasil há 38 anos, registrou 445 homicídios desse tipo em 2017. O número aumentou 30% em relação ao ano anterior, que teve 343 casos. A maioria das vítimas tinha entre 18 e 25 anos (32,9). Outros 41,2% tinham idades entre 26 e 40 anos. 5,7% eram menores de 18 anos. O levantamento realizado pelo GGB se baseia principalmente em informações veiculadas pelos meios de comunicação.

Esse número equivale a uma morte a cada 19 horas. Minas Gerais está na segunda posição nacional.

Em 2017, das 445 lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBTs) vítimas da homofobia no Brasil, 43 morreram em Minas Gerais.
Já o Disque 100 - serviço de atendimento telefônico gratuito para denúncias de violações em direitos humanos - recebeu registros de 183 homicídios e cerca de 3 mil violações no ano passado.

Para mudar essa realidade, movimentos sociais reivindicam há anos políticas públicas contra a violência a essa população. Em maio de 2018 foi criado um Pacto Nacional contra Violência LGBTfóbica, assinado pelo governo federal e por estados da federação.

Diante dos dados absurdos, um grupo de jovens de São Lourenço, que vem lutando contra todas as formas de opressão que a comunidade LGBTQIAP+ sofre diariamente, está promovendo o encontro “Somos Todos Coloridos”. O evento acontecerá no domingo, dia 13, às 16 horas na Praça Brasil.

Para divulgar o encontro foi criado um evento no Facebook que já conta com 708 pessoas interessadas e 534 afirmando que comparecerão no dia na Praça.

No comunicado diz que os jovens já vêm lutando contra qualquer tipo de opressão, mas de uma maneira mais isolada e dispersa. “As circunstâncias, apesar de terríveis, fizeram com que fôssemos nos aproximando cada vez mais. Dessa união surgiu a certeza de que precisávamos fazer algo concreto para que nossa voz não fosse abafada por um sistema que cada vez mais dá sinais de que quer nos calar.

Sabemos que não estamos sozinhos.

Muitos cidadãos de nossa cidade, independentemente de sua orientação sexual, movidos pela empatia e solidários à nossa causa também comungam de nossos ideais. Em união com todas essas pessoas, gostaríamos de realizar uma manifestação em nossa cidade com o objetivo de conscientizar toda a população sobre a importância de valores que infelizmente estão sendo esquecidos, tais como tolerância, respeito e empatia”.

O comunicado ainda diz “Acreditamos na bondade do ser humano!

Temos a certeza de que muitos em nossa cidade querem nos dar as mãos. Só estamos criando a primeira de muitas oportunidades para isso. Precisamos nos unir! Precisamos daqueles que não se conformam com atos tão desumanos juntos de nós. O evento é apartidário e sua principal bandeira é a defesa da comunidade LGBTQIAP+, porém todos os que defendem as minorias e lutam contra qualquer forma de preconceito serão muito bem-vindos! Talvez tenhamos demorado um pouco pra dizer, mas nunca será tarde para espalhar por nossa linda cidade que somos todos coloridos sim... e todas as cores têm o direito de ser e de existir! Que aqueles que ainda não se deram as mãos façam deste dia um momento de união”.

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