Leia nossas últimas edições
A morte do cachorro Zeus, da raça Pitbull que foi enterrado vivo na zona rural de Dom Viçoso, está com o inquérito em fase de conclusão na 22ª Delegacia de Polícia Civil de Carmo de Minas. O caso é investigado pelo delegado Márcio Ciarini.
Após a conclusão do inquérito, o caso é enviado para o judiciário. “O suspeito é o proprietário do animal, o senhor JRC. Ele será indiciado pelo crime de maus tratos aos animais em razão da morte do cão. O procedimento comum do judiciário é oferecer um acordo para transição da pena. Se não houver acordo, um processo será aberto pelo Ministério Público Estadual (MPE). Se condenado, o suspeito pode pegar até um ano e quatro meses de reclusão”, explicou Márcio Ciarini.
Zeus foi encontrado ainda vivo no dia 29 de abril no sítio onde mora o suspeito. Foi encaminhado para cuidados em uma clínica veterinária de São Lourenço, mas não resistiu e foi a óbito. Antes de ser enterrado vivo, já havia denúncia na ONG Patrulha Animal de que Zeus estava passando fome e com a saúde debilitada.
“Um rapaz de nome Juliano foi levar comida para o animal e não o encontrou. Ao chamar por Zeus, o cachorro começou a uivar. Ao seguir os uivos o rapaz o viu com a cabeça para fora da terra. Tudo indica que o próprio Zeus tentou sair da cova onde estava enterrado”, explicou Denise Lage, ativista da ONG Patrulha Animal.
De acordo com Denise Lage, os locais de maiores denúncias de maus tratos de animais são as zonas rurais de cidades no entorno de São Lourenço. “Sabemos que há grande chance de não haver prisão neste caso, mas esperamos que a justiça seja feita e que o caso Zeus sirva de exemplo para que outros animais não recebam maus tratos”, desabafou.
