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Novembro é o Mês da Consciência Negra no Brasil. A lei federal 10.639, sancionada em 2003, torna obrigatório o ensino da história e culturas afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental ao ensino médio, e onde a cultura afro-brasileira deverá ser ressaltada como constituinte da sociedade brasileira.
Com essa lei também foi instituído o Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares, data em que muitos estados do Brasil adotam como feriado.
O Conselho Municipal de Políticas da Promoção de Igualdade Racial (COMPIR), de São Lourenço, em parceria com a professora de teatro do projeto Crer-Ser, Morena Lua Gurgulino, fez apresentações de teatro nas escolas Dr. Emílio Abdon Póvoa, Manuel Monteiro e Polivalente, para celebrar e conscientizar os alunos sobre a importância da data.
É um tema de grande relevância para um país que ainda convive com a dura realidade da desigualdade social. O Mês da Consciência Negra traz essa questão para o debate e dá oportunidades para que os movimentos sejam fortalecidos e busquem sempre mais valorizar a cultura de origem africana e afro-brasileira.
O COMPIR foi criado em 2011 e tem como objetivo a defesa dos Direitos Humanos e a promoção de campanhas educativas, visando o esclarecimento e conscientização acerca do preconceito e racismo. A participação nas reuniões do Conselho está aberta a todos, na Sala dos Conselhos da Prefeitura Municipal, toda segunda quinta-feira do mês, às 18:30h. O COMPIR representa uma conquista do Movimento Negro na cidade, que durante anos persistiram na visibilidade da causa afro-brasileira.
Em São Lourenço, durante 10 anos consecutivos, um grupo de jovens se mobilizou em um grande evento, gratuito, para celebrar o Dia da Consciência Negra. Durante dois dias, artistas negros e brancos, que compreendem a necessidade de se estabelecer a harmonia e fraternidade entre as raças, fizeram apresentações musicais, teatrais e foram organizadas palestras na extinta Casa da Cultura de São Lourenço. Houve também a distribuição de alimentos para a população.
A criação do evento partiu de um grupo de jovens, sonhadores e idealistas, que buscam valorizar a cultura e a arte na cidade. Durante 10 anos grande parte do apoio ao evento veio de empresários do comércio local, amigos, pessoas que trabalhavam na Secretaria de Cultura e dos próprios músicos, que se apresentavam sem remuneração.
Este ano, para celebrar a data em São Lourenço, houve apenas um animado forró na praça.
Este é um dia de reflexão e busca de novas formas para enfrentar o racismo que, infelizmente, ainda hoje dificulta a vida de muitos e envergonha as raízes culturais e étnicas.
