No dia 22 de março aconteceu no salão nobre do hotel Guanabara, em São Lourenço, um encontro político entre os partidos aliados do governo de Minas em torno da pré-candidatura de Pimenta da Veiga ao Palácio da Liberdade. Cerca de 300 pessoas, entre prefeitos, vereadores, dirigentes de partidos, deputados e assessores, participaram do evento. Nunca se viu tanto “políticos de peso” na cidade de São Lourenço em um mesmo local para discutir o rumo da política no estado e no país.
Presidida pelo governador de Minas, Antônio Anastasia, o evento contou ainda com a presença do pré-candidato ao governo do estado, Pimenta da Veiga, do vice-governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, do secretário de estado da Casa Civil, Danilo de Castro, dos deputados federais Bonifácio Andrade, Lincoln Portela e Rodrigo de Castro, e dos deputados estaduais Dalmo Ribeiro, Tiago Ulisses e Antonio Carlos Arantes. Na ocasião foram apresentas propostas que nortearão a campanha do pré-candidato Pimenta da Veiga ao governo de Minas e do Senador Aécio Neves ao Palácio da República. Outro comunicado foi o afastamento do Governador Antônio Anastasia do Palácio da Liverdade, para coordenar a campanha de Aécio Neves e concorrer ao Senado.
Entrevista com Pimenta da Veiga
Em entrevista ao Jornal Correio do Papagaio, Pimenta da Veiga afirmou ter uma relação muito forte com o sul de Minas, por ter passado boa parte das férias de sua juventude na região. Segundo o pré-candidato, a educação terá prioridade total em seu governo, acrescentando: “Tratando como devem ser tratadas a saúde e a segurança, a educação terá que ser um ponto de convergência da ação de todos os mineiros conduzidos pelo próximo governo, para fazermos um diferencial em relação aos outros estados, e conseguir que a educação em Minas seja uma referência internacional”.
Questionado sobre a falta de investimento dos governos estadual e federal na imprensa do interior, afirmou que, quando Ministro das Comunicações, sempre procurou democratizar o rádio e a televisão, “porque achamos que uma comunidade que se comunica, que se informa melhor, ela tem mais chances de progredir”, disse. Acrescentado que isso vale também para a mídia impressa, complementou: “O governo do estado deve fazer tudo, agir de todos os modos para que a comunicação regional se fortaleça. Porque nosso primeiro pensamento, o que mais nos interessa, não é a notícia da Ásia ou da África, é o que acontece na esquina, onde nós moramos, onde nós vivemos. Só por isso já devemos estimular a mídia regional. Mas, além disso, a mídia regional pode ter um grande papel na evolução da educação e da cultura, na formação de nossos profissionais, no descobrimento de vocações, por isso nós estamos firmando um programa onde este assunto certamente terá o destaque devido”.
Indagado sobre alguma perspectiva de melhora do turismo estadual em seu projeto de governo, afirmou que o governo pode ajudar na questão tributária, e acrescentou: “Minas tem um circuito histórico, um circuito de águas, além de uma rede de lagos, que pode fazer com que o turismo no estado seja umas das principais fontes de trabalho e de renda, tanto renda privada quanto renda pública. Portanto este é um capítulo que o governo de Minas deve de fato se dedicar, porque pode representar uma questão econômica e social de grande destaque”.
Sobre a próxima eleição para a Presidência da República, afirmou: “O que eu posso dizer aos eleitores de Minas é que esta eleição tem uma importância diferente das demais, para o Brasil inteiro, porque há um sistema de poder instalado no país que não vai bem. Todos hão de convir que não é correto conduzir o Brasil como ele está sendo conduzido. A inflação novamente nos assustando, com juros altos, o balanço de pagamento de exportações perigosamente no vermelho. Enfim, por muitas razões a questão do emprego está dando os primeiros sinais de que eles estão se escasseando, portanto este modelo chegou ao fim, está exaurido, é preciso mudar, e isto vai depender fundamentalmente do mineiro”. E, referindo-se a Aécio Neves, acrescentou: “Como todos sabem nós temos um candidato mineiro, de alma mineira, que pode ser eleito o Presidente da República, desde que vença em Minas com larga vantagem, e isto é possível se o eleitorado do estado tomar consciência. Agora o voto em Minas vai decidir a eleição nacional. Os eleitores mineiros estão diante da possibilidade de fazer história, de mudar o país para melhor, colocando no governo alguém que poderá dar um novo rumo ao país”. A respeito de sua candidatura ao governo do estado, afirmou ao Correio do Papagaio que quer dar segmento aos governos que fizeram com que Minas tenha conseguido avanços tão significativos e que tanto impressionaram o resto do país nas áreas da educação, da segurança e da infraestrutura.