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Por Maria Celeste Guimarães Alves
Cléia Teixeira Guimarães nasceu em São Vicente de Minas, em 2 de fevereiro de 1918, filha de Álvaro Teixeira de Andrade e Margarida Teixeira de Andrade.
Iniciou seus estudos em São Vicente de Minas, na Escola de Dona Maria professora, onde permaneceu por três anos. Mais tarde, por determinação de seus país, muito evoluídos para aquela época, matriculou-se no Grupo Escolar João dos Santos, em São João Del Rei, onde concluiu o curso primário com louvor.
Em seguida estudou na Escola Normal Nossa Senhora das Dores, também em São João Del Rei, formando-se aos dezessete anos, tendo como paraninfo o Dr. Alceu de Amoroso Lima (1893-1983), também conhecido como “Tristão de Athayde”, pseudônimo de escritor de crônicas que marcaram época nos jornais do Rio de Janeiro, e membro da Academia Brasileira de Letras.
Devido às grandes dificuldades de transporte, a fim de estudar, viajava a cavalo até três dias, pernoitando em fazendas da região, até chegar a São João Del Rei.
Voltando a São Vicente de Minas, já formada, como uma das primeiras professoras normalistas da cidade, começou seu trabalho em cargo efetivo, tendo logo se destacado pela competência e energia. Destacou-se também nas artes como pintora, organista da Igreja e professora de piano.
Casou-se com José Augusto Guimarães, fazendeiro, filho de Isabel de Lourdes Guimarães (Dona Belinha) e Agostinho Ribeiro Guimarães, proprietários da Fazenda Laranjeiras, no Município de Serranos. Logo depois vieram os filhos: Celeste, Maria Cleise (falecida), Rachel, Maria Carmem, José Maria, Maria de Fátima (falecida), Francisco, Júlio Maria e Álvaro Augusto.
Com as dificuldades advindas para conciliar o trabalho na cidade e as atividades ruralistas de seu esposo, preferiu deixar o magistério após quatorze anos de exercício, e mudar-se para a fazenda, onde lecionou para seus sete filhos com empenho e dedicação, encaminhando-os para a quarta e quinta séries do Grupo e, posteriormente para o Ginásio.
Cumpriu santamente sua missão na terra onde espalhou o bem e a caridade, e partiu sorrindo em 13 de março de 2004, deixando em todos os corações uma imensa saudade, dessas que as lágrimas não amenizam e o tempo jamais conseguirá apagar.
