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Saúde
09/08/2012 15h48

Obesidade infantil Se ela morrer, não adianta a guarda, lamenta pai de menina obesa do PR

Se ela morrer, não adianta a guarda, lamenta pai de menina obesa do PR


Ele conseguiu registrar B.O contra a ex-mulher, responsável pela criança.
Menina de seis anos tem 1,35m de altura e pesa mais de 50 kg.


 O pai da criança de seis anos que denunciou a ex-mulher por causa da obesidade da filha, garantiu que já não tem intenção de ficar com a guarda da menina. “Passou a segundo plano. A minha luta é pela vida da minha filha, porque chegou em um ponto em que, se ela morrer, não adianta a guarda”, afirmou em entrevista ao G1. A criança pesa mais de 50 kg.

O homem, que prefere não se identificar para preservar a filha, conta que acionou o Conselho Tutelar de Londrina, no norte do Paraná, e que buscou a polícia por diversas vezes, até conseguir protocolar a denúncia na Polícia Civil amparado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Eu consegui mostrar pra eles que isso era um crime. Porque não existe diferença de maus-tratos entre matar uma criança de fome e de matar uma criança por excesso de alimento”, sustentou.

 O casal está separado há dois anos, e a menina é cuidada pela mãe e pela avó. O pai conta que buscou orientação médica, e inclusive levou a avó para conversar com a nutricionista da menina. Um exame realizado em janeiro de 2012 mostra que o peso ideal para ela seria de 20,9 kg, mas a menina pesava 48,8 kg na ocasião. “Eu tenho tentado há mais de um ano sensibilizar a família, fazer com que a mãe e a avó tomem providências. Para ela ser considerada obesa mórbida o Índice de Massa Corporal dela teria que ser de 17, mas atualmente é de 29, ela está também com colesterol alterado”, explicou o pai.

Mesmo diante dos alertas, o pai reclama que nada mudou no tratamento com a menina. “A cada 15 dias, quando eu vejo ela, vejo que ela engordou mais um quilo, um quilo e meio. Eu concluí que eu iria acabar perdendo minha filha”, lamentou.

A Comissão da Criança e do Adolescente da OAB sustenta o argumento do pai, e afirma que a mãe pode ser responsabilizada, se ficar comprovado que não ela cuidou adequadamente da filha. “As punições são penas alternativas, pena de reclusão, depende até aonde foi o caso. Também a retirada da criança do contato, a questão da guarda ser repassada para um parente próximo (...) são várias penalidades tanto no âmbito civil como penal, afirmou a advogada Rejane Aragão.

A reportagem tentou entrar em contato com a mãe da menina nesta quinta-feira (9), mas ela, assim como o advogado que a representa, não atendeu às ligações. À RPC TV, na quarta (8), ela contou que realmente a criança está acima do peso, mas que isso é um problema genético e que não se trata de culpa da má alimentação. O argumento é que os pais também estão com sobrepeso.

 

Fonte: G1

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