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Saúde
09/10/2012 09h40

Saúde Anvisa veta venda de chá verde injetável

Anvisa veta venda de chá verde injetável

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta segunda-feira, 8, no Diário Oficial da União, uma resolução que passa a proibir o comércio e divulgação de medicamentos injetáveis à base de chá verde. Segundo o órgão, não existem estudos que comprovem a eficiência nem a segurança das injeções, utilizadas para tratamento de gordura localizada, emagrecimento e combate à celulite.

A proibição se deu a partir de conteúdos publicados em sites na internet que faziam propaganda do tratamento estético, tanto com chá verde isolado quanto com substâncias associadas.

Segundo a Anvisa, fica suspensa a "fabricação, manipulação, distribuição, comércio, divulgação, administração e uso de quaisquer medicamentos de administração parenteral à base de extratos vegetais isolados ou em associação com outras substâncias vegetais ou sintéticas, para as quais não existam estudos de segurança e eficácia avaliados e aprovados para essa finalidade".

Entretanto, o chá verde consumido em cápsulas continua liberado, assim como o uso como um produto alimentar.

Especialistas
- Dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Marilúsia  Costa afirma que a determinação da Agência é importante para garantir a segurança dos pacientes, uma vez que há poucos estudos sobre a medicação. "Boa parte dos estudos que existem são do próprio laboratório que produz o medicamento. Ainda faltam pesquisas mais consistentes", assinala a especialista.

Marilúsia já aplicou injeções de chá verde e observou efeitos termogênicos e antioxidantes, mas diz que é preciso observar diversos fatores para administrá-lo. "A administração depende da quantidade de substância aplicada por ponto, da concentração e do plano de aplicação. Se aplicada uma dose exagerada, os riscos de problemas hepáticos, por exemplo, são grandes", adverte.

Eficácia - Para o médico Artur Lemos, especialista na prática ortomolecular,  a eficácia do produto ainda é duvidosa. "O efeito clínico é pequeno e, por vezes, está associado a uma dieta ou exercícios feitos pelo paciente. Eu prefiro fazer a recomendação do chá verde em cápsulas", afirma.

A nutricionista Márcia Magalhães, por sua vez, explica que, a partir do momento em que o produto passa a ser injetável, foge da área de atuação dos nutricionistas. "O produto injetável  é  um medicamento, e só pode ser receitado e aplicado por um médico. Também é preciso tomar cuidado com essa ideia de que tudo aquilo que é natural é inofensivo", chama a  atenção Márcia.





Fonte: A Tarde

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