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12/06/2017 09h09

Mostra vai revelar os novos talentos da Índia

Na Índia, país continental, existem diversas indústrias de cinema. A mais conhecida de todas, a que compete com Hollywood - Bollywood -, é baseada em Mumbai e realiza produções em hindi. Mas em toda a Índia se produzem filmes - e se falam nada menos de 18 idiomas oficiais. Um pouco dessa Índia gigantesca e desconhecida estará no CCBB, a partir de quarta-feira, 14. A Mostra do Novo Cinema Indiano, com curadoria de Carina Bini e Shankar Mohan, vai apresentar 15 filmes até dia 3 (de julho). São produções realizadas entre 2013 e 2016, e muitas delas passaram com êxito em grandes festivais internacionais.

Pegue o filme de abertura - Armadilha/Ottaal, de Jayaraj Rajasekharan Nair. Exibido na mostra Generation do Festival de Berlim de 2015, ganhou o Crystal Bear, o Urso de Cristal. Livremente adaptado de Vanka, de Tchekhov, conta a história de garoto que mora com o avô no sul da Índia, após a morte dos pais. Sua realidade começa a mudar quando ele descobre sinais inquietantes - o avô está gravemente enfermo, e pode morrer também. Tudo isso vai antecipar a entrada do menino na idade adulta. Armadilha é falado em malaiala - no total, os filmes do festival utilizam nove idiomas, uma verdadeira Babel.

Historicamente, e apesar da popularidade das produções de Bollywood, o grande nome do cinema indiano foi, e ainda é, Satyajit Ray, que veio de um meio abastado (e intelectual) de Calcutá. Nos anos 1950, influenciado por Jean Renoir - que filmara na Índia O Rio Sagrado - e absorvendo lições do neo-realismo italiano, Ray realizou a trilogia formada por Pather Panchali/A Canção da Estrada, Aparajito e O Mundo de Apu, que lhe deu projeção mundial. O festival do novo cinema indiano não deixa de se referir ao grande ícone da produção nacional.

Apur Panchali, de Kaushik Ganguly, falado em bengali, documenta a trajetória de Subir Banerjee, o garoto que interpretou Apu no filme de Satyajit Ray e nunca mais voltou a atuar. A caminho da Alemanha, para receber um prêmio, ele reflete, como adulto, sobre o menino que foi. A programação inclui um concerto de música hindustani, precedendo o filme de abertura, debates (sobre o papel da mulher na sociedade e o embate entre cinema de arte e comercial) e até promete um recorte especial para o dia mundial da Yoga, em 21 de junho.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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