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Andrelândia - Histórico
23/02/2018 11h42

Andrelândia


Andrelândia é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Localiza na Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas e sedia a Microrregião de Andrelândia, ao sul da capital do estado, da qual está a cerca de 300 km. Ocupa uma área de aproximadamente 1 005 km² e sua população, em 2014, é estimada em 12 507 habitantes, sendo o 296º município mais populoso do estado de Minas Gerais e o segundo de sua microrregião.
Foi fundada em 20 de julho de 1868 com o nome de Vila Bela do Turvo e constituída por cinco distritos: Turvo, Arantes, Bom Jardim, Madre de Deus do Rio Grande e São Vicente Ferrer. Ao longo dos anos os distritos elevaram-se a cidades, restando em Andrelândia apenas a sede, seu único distrito. Ao longo de sua história, o município teve várias denominações. Desde a lei estadual 1 160, de 19 de setembro de 1930, permanece sua denominação atual.
A cidade tem grande tradição em turismo. Muitos de seus antigos casarões são considerados patrimônio histórico municipal.Outros destaques são as festas religiosas, como a Festa de São Sebastião, Folia de Reis, Semana Santa, Festa de São Benedito, Corpus Christi e a festa da padroeira, Nossa Senhora do Porto, em agosto.
O início da colonização de origem europeia da região do atual município de Andrelândia foi consequência da exploração do ouro no sul do estado de Minas Gerais. Em meados do século XVIII, a região onde hoje está o município já se encontrava totalmente povoada por aventureiros que se dirigiram à região na procura de riquezas.
Por volta de 1740, o afluxo populacional na região aumentou consideravelmente. Muitos eram os que demarcavam uma extensão de terras devolutas e se fixavam, cuidando mais tarde da legalização da posse através da concessão de carta de sesmaria, que era dada pelo governador da Capitania de Minas Gerais. A região do "Congonhal", que se estende por uma grande área de terras férteis na margem direita do Rio Turvo Grande e que recebeu tal denominação em virtude da abundância das árvores, foi uma das áreas mais povoadas.
No ano de 1749, sentindo necessidade de assistência religiosa, o fazendeiro André da Silveira dirigiu ao Bispo de Mariana um pedido de autorização para se construir no local denominado Turvo Pequeno uma igreja dedicada à Nossa Senhora do Porto. Atendido pela autoridade eclesiástica, a capela foi construída, recebendo a bênção católica no ano de 1755. Ao redor do pequeno templo muitas casas foram sendo construídas, e logo se formou o Arraial do Turvo, primitiva denominação da localidade. A partir da construção da capela, em 1827 o arraial do Turvo já estava em condições de ser elevado a paróquia, o que de fato ocorreu, tendo, a partir daí, um crescimento progressivo, até ser transformada em vila no ano de 1864, pela lei nº 1.191 de 27 de julho deste ano.
No aspecto étnico, a população andrelandense não sofreu muita miscigenação. Grande parte do município é de ascendência portuguesa, através dos primeiros habitantes, que vieram juntamente com os bandeirantes paulistas e que fundaram as antigas fazendas, os primeiros núcleos habitacionais, dos quais nasceu a cidade. A tribo indígena mais próxima foi encontrada mais ao sul mineiro, na região que permeava as nascentes dos rios Verde e Baependi, próximo à Serra do Papagaio, por volta do ano de 1700. Mas foi apenas entre os séculos XIX e XX que começaram a chegar os primeiros estrangeiros em Andrelândia: na sua maioria, libaneses que vinham para o Brasil em busca de riqueza. Além dos estrangeiros que chegaram e integraram a população andrelandense, muitas outras famílias, oriundas de outras cidades e regiões do Brasil, também se sentiram atraídas pelas riquezas do lugar. Da Itália vieram as famílias D'Alessandro e Rivelli; da Espanha, Laredo, Casas Martins, e Garrido e, de Portugal, Gaspar e Pereira. Quase todos, motivados pela construção da Estrada de Ferro Oeste de Minas, inaugurada no dia 14 de junho de 1914, ou tentados em progredir com os benefícios advindos de seu funcionamento.
Existia, na cidade, um grupo de pessoas, embora pequeno, notadamente de origem europeia, que frequentava o comércio andrelandense do início do século XX e que, conforme atestam os mais antigos, foram os primeiros vendedores ambulantes do atual município. Aquele povo habitava uma região não muito distante da sede do município, chamada Congonhal, próxima à Serra da Bandeira. A esse tipo pertencem as Congonheiras, assim denominadas porque eram residentes num bairro rural próximo - o Congonhal. Percorriam a cidade vendendo a colheita de sua pequena lavoura. Eram conhecidos ainda por não aceitarem os empregos que lhes ofereciam. Os Congonheiros ainda existem, e em número muito maior, só que se diversificaram bastante seu modo de vida: perderam a distinção que os marginalizava e muitos se mudaram para a cidade. Casaram-se com outras famílias, aprenderam e dedicam-se aos mais variados ofícios e profissões.

 

Evolução administrativa

Para elevar à condição de município, faltava um detalhe. Segundo a legislação vigente, isso só poderia acontecer se a população fundasse, com seus próprios recursos, o prédio da cadeia pública e a câmara municipal. Então, com a colaboração de Antônio Belfort de Arantes e seu filho, Antônio Belfort Ribeiro de Arantes, as obras puderam ser realizadas e a pequena vila foi elevada à categoria de município em 21 de outubro de 1866. Em 20 de julho de 1868 ocorreu oficialmente a emancipação de Andrelândia, com a denominação de Turvo, pela lei provincial nº 1518.

Sob a lei estadual nº 2 de 14 de setembro de 1891 foi criado o distrito de Nossa Senhora da Piedade do Rio Grande e anexado ao então município de Turvo. Pela lei estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911, o distrito de Nossa Senhora da Piedade do Rio Grande passou a denominar-se Arantes, tendo então cinco distritos: Turvo, Arantes, Bom Jardim, Madre de Deus do Rio Grande e São Vicente Ferrer. Pela lei estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, o distrito de Madre de Deus do Rio Grande passou a denominar-se Cianita e Senhor do Bom Jesus do Jardim a chamar-se Bom Jardim. Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, desmembra de Andrelândia o distrito de São Vicente Ferrer, elevado à categoria de município sob a denominação de Francisco Sales. Sob a mesma lei desmembrou-se do município de Andrelândia o distrito de Bom Jardim de Minas, levado à município com o mesmo nome. Pela lei nº 1039, de 12 de dezembro de 1953, desmembraram-e os distritos de Arantes e Cianita, elevados à categoria de municípios com as denominações, respectivamente de Piedade do Rio Grande e Madre de Deus de Minas, permanecendo até hoje somente a Sede.[8]

 

Crescimento econômico

 

Em 1982, o IBGE apurou a existência de 71 estabelecimentos comerciais no município. Um número bastante considerável para uma cidade de baixa renda e por isso, de baixo consumo. Considerando o impulso das três primeiras décadas do século XX, a cidade perdeu em atividade produtiva e circulação monetária, tanto na zona urbana como na rural. O que ocorreu foi o êxodo rural, consequentemente, diminuindo a mão-de-obra que é muito difícil nesta região tão acidentada e de difícil manejo. Com o baixo valor da produção e o alto preço de sementes e insumos, consequência natural de uma política governamental que não se interessava pelo pequeno produtor, o homem do campo se viu forçado a abandonar a sua lide e a procurar os grandes centros urbanos, onde, esperava encontrar algum tipo de trabalho para se manter, ou terminar aumentando o índice de desempregados, subempregados, favelados, famintos e até mesmo dos marginais.Um outro acontecimento que marcou e ainda reflete na história da economia municipal é o fato de terem desaparecido, sem nenhuma explicação plausível, muitas indústrias instaladas no final do século XIX e primeira metade do século XX. Porém, o movimento comercial andrelandense vem se desenvolvendo bastante principalmente a partir do início da década de 1990, que significou um sinal visível do crescimento econômico e da modernização da cidade.

 

História recente

Com o crescimento de Andrelândia e cidades próximas, foi criada a Microrregião de Andrelândia, reunindo além do município, outras doze cidades: Aiuruoca, Arantina, Bocaina de Minas, Bom Jardim de Minas, Carvalhos, Cruzília, Liberdade, Minduri, Passa-Vinte, São Vicente de Minas, Seritinga e Serranos. Em 2006 sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em cerca de 75.631 habitantes em uma área total de 5.034,106 km². Seu Índice de desenvolvimento humano (IDH) era de 0,740 e o PIB per capita de R$ 3.796,46 em 2003. Localiza-se na Mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas. Atualmente o município vem se destacando em seu turismo. Muitos de seus casarões construídos nos séculos XVII e XVIII viraram patrimônio histórico da cidade. Muitas de suas praças e igrejas também conservam o estilo barroco da época do desbravamento da região.
Além disso, Andrelândia também vem desenvolvendo seu turismo rural. As principais atrações são as fazendas antigas, muitas do Século XVIII.

 

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