
Ayrton Hugo Campos Gonçalves nasceu em 3 de abril de 1930, em Baependi; filho de João Lemos Gonçalves, Titular do Cartório de 1º Ofício e Notas da Comarca de Baependi, e de Raquel Campos Gonçalves, professora do Grupo Escolar Wenceslau Braz, desta mesma cidade.
Como a maioria das crianças na idade escolar, ir para o Grupo Escolar e estudar era terrível, e a escola lhe parecia mais uma prisão. Mas mesmo assim, com muita má vontade, terminou os anos de Grupo.
Em 1943 foi cursar o Ginásio Caxambu dos Padres Barnabitas, na cidade de Caxambu, tendo que fazer o percurso a pé, de 6 quilômetros, de Baependi a Caxambu.
No Ginásio foi lhe despertando o interesse pelo estudo e também pela leitura de diferentes assuntos.
Em 1949 fez então o chamado Curso Científico, 2º grau, na cidade de Taubaté, SP, terminando-o em Belo Horizonte.
Logo após ingressou na Escola de Farmácia e Bioquímica de Alfenas, onde se graduou em 1956.
Seu estágio foi no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, iniciando assim sua carreira profissional como Bioquímico.
Casou-se em 1960 com Elza Pereira Gonçalves. Com a união vieram 5 filhos: Ilmara, Ayrton (in memoriam), Magno, Telma e Tania.
Em 1970 foi professor de Biologia e Química na Escola Montserrat, de Baependi, para turma noturna.
Em 1975 fez um estudo para o Comeal Emílio Schenk, do professor Neif Pereira Guimarães, escritor, apicultor e cientista, além de amigo, que fez parte de um de seus livros sobre Apicultura.
Em 1976 adquiriu a Farmácia Nossa Senhora dos Remédios, na cidade de Caxambu, e mudou–se, instalando o Laboratório de Análises Clínicas.
Em 1977 fez a primeira exposição de quadros – pintura a óleo - na Avenida Camilo Soares, com quadros da artista Niza de Castro e outros, dentre eles telas de sua autoria.
Aposentou-se com 38 anos de serviços prestados em farmácia e bioquímica em 1999, doando seu Laboratório de Análises Clínicas à Escola Ruth Martins de Almeida, de Caxambu, para o setor de Química.
Após sua aposentadoria dedicou-se mais amiúde ao estudo das religiões, das culturas antigas e línguas e falava latim, espanhol, francês, alemão, japonês e árabe. Com isto tornou-se eloquente, expressivo e sábio.
Como pai, amigo e marido estava sempre à disposição dos filhos, amigos e esposa. Era amoroso, atencioso, paciente, tolerante e humilde.
No dia 28 de setembro de 2005, aos 75 anos, deixa a vida terrena.